Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas
O Parlamento Europeu adotou, no dia 23 de outubro, o acordo político provisório sobre a proposta de lei de monitorização dos solos apresentada pela Comissão Europeia. A nova diretiva enquadra-se na ambição da União Europeia de alcançar “poluição zero” até 2050 e visa criar um quadro comum e coerente para a avaliação e melhoria da qualidade dos solos em toda a Europa. A nova legislação entrará em vigor 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia, e os Estados-Membros disporão de três anos para garantir a conformidade com as novas disposições. Poderá consultar mais detalhes no site da Parceria Portuguesa para o Solo.
A CCDR Centro, através do seu Polo de Inovação de Coimbra, promove, no dia 17 de outubro, um dia aberto no Loreto, dedicado aos “Saberes do Milho: variedades, práticas agrícolas e tradições”. Esta iniciativa, que une a sabedoria tradicional às práticas agrícolas mais inovadoras, pretende valorizar o milho e as culturas associadas, promovendo a sustentabilidade e a regeneração dos sistemas agrícolas. Participe! Faça aqui a sua inscrição. https://forms.gle/P43mRBNDcyXsboDaA Para além da sua vertente técnica e científica, este evento destaca-se também pela importância da divulgação e demonstração em ciências agrárias, fundamentais para a transferência de conhecimento e para a aproximação entre a investigação, os agricultores e a sociedade. As ações de demonstração e partilha de resultados experimentais são essenciais para transformar a ciência em práticas concretas no terreno, contribuindo para sistemas produtivos mais resilientes e sustentáveis. O evento insere-se igualmente num contexto de colaboração ativa entre instituições de ensino superior, centros de investigação e entidades do setor agrícola, reforçando as parcerias estabelecidas através de projetos IED (Inovação, Experimentação e Demonstração), financiados através do Plano de Recuperação e Resiliência. A realização de trabalhos experimentais em articulação com a academia, nomeadamente no âmbito de programas doutorais e projetos de investigação aplicada, constitui uma mais-valia na geração e difusão de conhecimento científico, técnico e cultural no domínio das ciências agrárias. Serão apresentados trabalhos e estudos em curso, como sejam: Práticas Agroecológicas — a redescoberta das consociações agrícolas, práticas ancestrais que estão a ser reinterpretadas com base em métodos científicos atuais. No Loreto, encontra-se em curso um ensaio experimental que integra e moderniza estes saberes, fundamentais nas práticas agrícolas tradicionais associadas ao milho. Estão a ser comparados dois sistemas históricos: o milho-feijão, consociação tradicional em Portugal, e o milho-feijão-abóbora, amplamente utilizado pelas comunidades indígenas da América do Norte. Ambos os sistemas foram instalados em linhas para garantir rigor científico e estão a ser comparados com as respetivas monoculturas (milho, feijão e abóbora). O objetivo é quantificar os benefícios da sinergia entre estas culturas, avaliando a produtividade, a fertilidade do solo e a sustentabilidade do sistema. São monitorizados parâmetros como o crescimento das plantas, a gestão da água no solo e as dinâmicas do carbono e do azoto, unindo o conhecimento agrícola do passado a dados técnicos modernos. Este trabalho oferece aos agricultores informação prática e precisa para otimizar os seus sistemas de cultivo e melhorar a sustentabilidade do milho. Seguindo o mesmo eixo agroecológico, destacam-se também as culturas intercalares e o renascer das leguminosas. Num contexto europeu em que cerca de 70% dos solos agrícolas apresentam degradação grave ou muito grave — devido à erosão, compactação e perda de matéria orgânica — a instalação de culturas de cobertura ou intercalares surge como uma ferramenta essencial para a preservação dos solos. As leguminosas, pela sua capacidade de fixar azoto atmosférico e melhorar o teor de matéria orgânica, são uma peça-chave nesta estratégia. No Vale do Baixo Mondego, a inclusão de espécies adaptadas às condições locais de solo e clima representa uma oportunidade de grande interesse [...]
Com o objetivo de mitigar os prejuízos causados pelos incêndios rurais, em particular a destruição de pastagens destinadas à alimentação de animais das espécies bovina, ovina e caprina, foi criado um apoio extraordinário destinado aos produtores pecuários cujas explorações foram afetadas. Este incentivo, com uma dotação global de 543.000 €, visa apoiar a aquisição de alimentação animal, encontrando-se previsto no n.º 1 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 98-A/2025, de 24 de agosto, e regulamentado pela Portaria n.º 289-A/2025/1, de 1 de setembro. A medida aplica-se ao território do continente e abrange as freguesias dos concelhos identificados na Resolução do Conselho de Ministros n.º 126-A/2025, de 28 de agosto, correspondentes às áreas afetadas pelos incêndios. O período de submissão de candidaturas decorrerá de 6 a 17 de outubro de 2025 (até às 18:00), a apresentar exclusivamente por via eletrónica através de formulário próprio disponibilizado na plataforma iDigital, podendo ser efetuadas diretamente pelo Candidato na Área Reservada do Portal, em O Meu Processo » Candidaturas » Apoio pecuário extraordinário - Incêndios Rurais 2025*, ou por uma Entidades credenciada para o efeito, em Aplicações » Gestão de Formulários e Candidaturas » Ano 2025 » Apoio pecuário extraordinário - Incêndios Rurais 2025*, encontrando-se a informação detalhada acerca da medida de apoio disponível na respetiva página do Portal do IFAP. Para garantir a conformidade em sede de formalização da candidatura, é da máxima importância que, previamente à submissão da mesma, os Beneficiários candidatos procedam à confirmação de todos os dados e elementos constantes da Identificação do Beneficiário (IB), pedindo-se especial atenção para os seguintes campos: · CAE - deve estar preenchido e ser válido; · NIB - deve estar válido. Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas, poderá utilizar os canais de atendimento disponibilizados pelo Contact Center do IFAP. Consulte aqui o Manual do Utilizador.
Os agricultores com explorações agrícolas afetadas pela depressão Martinho podem submeter a sua candidatura até às 17h00 do dia 30 de setembro de 2025. As candidaturas deverão ser submetidas na plataforma do PEPAC, devendo os beneficiários, caso ainda não o tenham feito, submeter simultaneamente a declaração de prejuízos na página da CCDR Centro, cuja plataforma já se encontra disponível. São elegíveis as explorações cujo dano sofrido, verificado e confirmado pela CCDR Centro, seja superior a 30% do seu potencial produtivo e cujo investimento associado represente um montante máximo e mínimo, respetivamente, de 400 000 euros e 5 000 euros. Consulte os aqui os documentos de suporte à candidatura.
18 de setembro 2025 | 8H45 | Campo do Bico da Barca, Montemor-o-Velho É já no próximo dia 18 de setembro que a Unidade Experimental do Bico da Barca, estrutura que faz parte do Polo de Inovação de Coimbra da CCDR Centro, acolhe mais um Dia Aberto que tem como principal objetivo divulgar atividades experimentais relativas às principais culturas do Baixo Mondego – o milho e o arroz. Descarregue aqui o programa.
Já se encontra disponível a Linha de Crédito de 100 milhões para financiar os pedidos de pagamento dos projetos do PDR 2020 que transitam para o PEPAC, criada pelo Ministério da Agricultura e Mar, em articulação com o Ministério das Finanças e o Banco Português de Fomento (BPF). Após o encerramento do período normal de receção de Pedidos Únicos (PU 2025), os beneficiários têm agora a possibilidade de proceder a correções através da recolha on-line das Alterações ao Pedido Único (ALE), conforme previsto no ponto 3 do artigo 24.º da Portaria n.º 54-L/2023. Esta linha de crédito não tem qualquer custo para os promotores, sendo os juros, a comissão de garantia e os custos de gestão integralmente suportados pelo Estado. Esta linha inclui também uma garantia assegurada a 100% pelo BPF.
Foi publicado o Despacho n.º 8564/2025, de 24/07/2025, que prorroga até 1 de agosto de 2026 o prazo definido no n.º 3 do Despacho n.º 1666/2021, de 12 de fevereiro, para a comprovação da realização, com aproveitamento, da ação de formação «Conduzir e operar com o trator em segurança (COTS)» ou da equivalente Unidade de Formação de Curta Duração (UFCD).
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro) vai promover, de 1 a 5 de setembro, um Curso Intensivo de Vinificação no Polo de Inovação de Anadia - Estação Vitivinícola da Bairrada. Este curso tem como objetivo principal dotar os formandos dos conhecimentos fundamentais sobre conceção e higienização de adegas, tecnologias de vinificação e práticas enológicas para a elaboração de vinhos. Faça aqui a sua inscrição. O curso tem um valor de 30€. O pagamento deve ser efetuado para o IBAN PT50 0781 0112000000077917 5 O comprovativo deve ser enviado para o email iapa@ccdrc.pt.
Começou hoje, na Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC – IPC) e decorre até ao próximo dia 23 de julho, o XIII Congresso Ibérico de AgroEngenharia. Evento organizado pela @Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal - SCAP e a Sociedade Espanhola de Ciências Agrárias, com a colaboração da CCDR Centro, entre outras entidades. Esta manhã o Vice-Presidente da CCDR Centro, Vasco Estrela, participou na cerimónia de Abertura e durante o dia de hoje e amanhã técnicos da CCDR Centro apresentam 6 comunicações científicas (orais e posters). A saber: 🌾Estudo do comportamento agronómico de variedades de arroz: importância para as regiões produtoras - António José Jordão ID11114 🌾Interesse agroecológico de espécies anuais de gramíneas e leguminosas forrageiras para a Agricultura do Vale do Baixo Mondego - Carlos Alarcão ID11119 POSTER 🌾Polos de Inovação da Região Centro – contributo para a inovação dos sistemas produtivos - Rosa Guilherme ID11169 POSTER 🌾Unidade piloto de produção de mirtilos - flexibilidade do consumo de energia na agricultura para a transição energética - Adriana Ascensão Pereira ID11116 POSTER 🌾Inovação na cultura do arroz no Baixo Mondego: tecnologia de sementeira e rega gota-a-gota - Elisabete Silvestre ID11168 🌾Alicerçar o futuro nas raízes do passado – Da conservação dos recursos genéticos à Agricultura 4.0 - Arminda Lopes ID11127 POSTER. Com o objetivo de fomentar a partilha de trabalhos técnicos e científicos, o congresso reúne investigadores, académicos, profissionais e estudantes, promovendo discussões sobre as mais recentes inovações e respostas no âmbito da Engenharia Rural. Informações completas no site do evento: https://agroing2025.org/pt/
Agricultura e Pescas
Agricultura e Pescas
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.) anunciou com a abertura da Consulta Pública do Plano de Ação para a Conservação e Sustentabilidade dos Polinizadores. A consulta decorre entre 21 de outubro e 21 de novembro, estando disponível no portal Participa.pt, onde todos os cidadãos podem contribuir com sugestões e opiniões: participa.pt. Este plano tem como objetivo promover a proteção e sustentabilidade das espécies polinizadoras, fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas e para a produção agrícola.
O Relatório do Estado das Culturas e Previsão de Colheitas referente ao mês de agosto de 2025, na área de influência da CCDR Centro, encontra-se disponível para consulta. Este documento fornece uma análise detalhada sobre o estado das culturas e as previsões de colheitas na região. O Estado das Culturas e Previsão de Colheitas (ECPC) é um projeto mensal que tem como principal objetivo recolher e disponibilizar informação previsional sobre áreas cultivadas, rendimentos e produções das principais culturas agrícolas. Trata-se de uma ferramenta essencial para agricultores, técnicos e todos os interessados no setor agrícola, na medida em que lhes permite planear e gerir as atividades agrícolas de forma mais eficaz. Para obter mais informações, consulte o relatório completo aqui e fique a par das últimas atualizações sobre o estado das culturas na região.
Esmolfe, Penalva do Castelo, 5 de outubro de 2025 — A freguesia de Esmolfe foi palco de uma celebração dedicada à Maçã Bravo de Esmolfe, uma das joias agrícolas da região Centro e símbolo da identidade rural portuguesa. A sessão contou com a intervenção da Diretora de Unidade de Desenvolvimento Rural e Agroalimentar da CCDR Centro, que destacou a importância histórica, económica e científica desta variedade única de maçã. No seu discurso, a responsável começou por recordar as origens da Bravo de Esmolfe, remontando a 1946, quando o Eng.º Luís Quartin Graça iniciou o reconhecimento frutícola da região produtiva, com o apoio da Estação Agrária de Viseu. “Enquanto se procedia ao cadastro das fruteiras, um ancião de 90 anos indicou o local onde teria existido a primeira Bravo de Esmolfe”, relembrou. Desde então, a variedade conquistou prestígio, reconhecimento e estatuto de Denominação de Origem Protegida (DOP), tornando-se “símbolo de qualidade, identidade e cultura rural transformada em sabor”. Ciência, inovação e sustentabilidade Sublinhou o percurso científico da Bravo de Esmolfe, nomeadamente o processo de seleção clonal iniciado em 1995 e o estudo coordenado entre 2006 e 2008 por instituições de referência como o Instituto Egas Moniz e o ITQB da Universidade Nova de Lisboa, que comprovou as propriedades antioxidantes e os benefícios para a saúde deste fruto. Valorização local e visão de futuro Durante a intervenção, foi também destacado o papel exemplar da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, pela sua estratégia de promoção e incentivo à produção sustentável, bem como projetos inovadores como o “Dão Emoções” e o “Dr. Bravo”, o maior pomar online de maçã Bravo de Esmolfe do país. Uma maçã com reconhecimento mundial Recordando que a Bravo de Esmolfe foi distinguida em dezembro de 2024 com o 9.º lugar no ranking mundial da TasteAtlas, a oradora reforçou a necessidade de “atuar com coragem e eficácia em prol da prosperidade dos territórios, valorizando a agricultura local”. Terminou dedicando a sua intervenção aos fruticultores e aos mestres da fruticultura nacional, evocando o Eng.º Joaquim Vieira da Natividade, que descreveu a Bravo de Esmolfe como “a legítima ufania da fruticultura beirense”.
No âmbito do projeto An-Gel SUDOE - Proteção e alerta contra as geadas de primavera para a agricultura e a arboricultura, a CCDR Centro instalou duas ações-piloto, em Viseu e Nelas, para contribuir no desenvolvimento de soluções inovadoras, sustentáveis e de baixo custo para a prevenção, adaptação e mitigação do risco de geada na agricultura na área do Sudoe, bem como contribuir para a sua normalização e aceitação pelos produtores. Os objetivos específicos deste projeto financiado pela Comissão Europeia, são os seguintes: Reunir especialistas em risco de geada na área de Sudoe, estruturar um processo participativo sobre soluções potencialmente aplicáveis de baixo custo e sustentáveis e obter dados altamente precisos para o acompanhamento detalhado da eficácia das soluções; Realizar experiências-piloto de várias das soluções selecionadas em várias culturas afetadas pelo risco de geadas e avaliar os resultados de um ponto de vista socioeconómico e ambiental; Normalizar soluções, formular estratégias de adaptação ao risco de geadas para culturas representativas do SUDOE e fornecer apoio técnico aos produtores para sua implementação. Para mais informações consulte este link An-Gel Sudoe - Interreg Sudoe
A CCDR Centro associa-se às comemorações do Dia Mundial da Alimentação e do Dia Mundial do Pão, que se assinalam hoje, 16 de outubro, destacando a importância de uma alimentação equilibrada, sustentável e acessível a todos. Estas duas efemérides sublinham a necessidade de promover a segurança alimentar, valorizar os produtos locais e reconhecer o papel central do pão, enquanto alimento universal, na cultura, na economia e na dieta das populações. Sobre o Dia Mundial da Alimentação O Dia Mundial da Alimentação celebra-se por iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O tema escolhido para este ano é «De mãos dadas para uma alimentação melhor e um futuro melhor», que pretende reforçar a importância da colaboração global na construção de sistemas alimentares mais justos, saudáveis e sustentáveis. Como refere a FAO, “em alguns lugares, a gravidade da insegurança alimentar é avassaladora. Estima-se que 673 milhões de pessoas vivam com fome. Noutros, os níveis crescentes de obesidade e o desperdício generalizado de alimentos apontam para um sistema desequilibrado — onde abundância e escassez coexistem, muitas vezes lado a lado.” A CCDR Centro partilha a convicção de que a alimentação é um direito humano fundamental. Neste dia, queremos alertar e sensibilizar para as condições de má nutrição e fome que continuam a afetar milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo crianças. Ao longo de 80 anos, a FAO tem promovido a cooperação entre nações, ajudando a garantir o direito a uma alimentação saudável e suficiente, a reduzir desigualdades, a combater a pobreza e a responder a emergências alimentares. Nesse sentido, a FAO propõe quatro grandes desafios que só podem ser alcançados em união, com o contributo dos decisores, agricultores, investigadores e de cada um de nós: Melhor produção: apoiar os agricultores na produção de mais alimentos, sem prejudicar a natureza, aliando inovação e saberes tradicionais. Melhor nutrição: garantir que todos têm acesso a alimentos nutritivos, evitando a fome e a obesidade. Melhor ambiente: proteger o planeta através de práticas agrícolas, piscícolas e pecuárias sustentáveis, que preservem os recursos naturais. Melhor qualidade de vida: criar sistemas agroalimentares que assegurem saúde, emprego digno e educação, especialmente para mulheres e jovens. Sobre o Dia Mundial do Pão Símbolo de partilha, união e sustento, o pão está presente em todas as culturas, trazendo sabor, memória e significado às nossas mesas. Neste Dia Mundial do Pão, a CCDR Centro celebra e dá a conhecer as melhores variedades produzidas na região, valorizando os produtores, padeiros e confrarias que mantêm viva esta herança que alimenta o corpo e a alma. Porque no Centro de Portugal, cada pão tem o sabor do nosso património. Como recordam os investigadores Norberto Santos e António Gama, “o pão foi sempre a base da ordem alimentar para ricos e pobres, tanto em meio rural como urbano. Produto de civilização através do domínio da arte do fogo, cobre uma variedade de tipos ao sabor do cereal de que é feito, mas também das terras e das gentes que o produzem.” [...]
A CCDR Centro e o UC Exploratório celebram, no próximo 21 de outubro, o Dia Internacional da Maçã com uma prova de degustação de variedades regionais de maçãs provenientes da Estação Agrária de Viseu. Nesta 2.ª edição, o evento tem como objetivo destacar as propriedades organoléticas de diferentes variedades de maçã, valorizar o património genético de elevado interesse agronómico e económico e promover os benefícios para a saúde associados ao seu consumo. A iniciativa conta ainda com a participação do IPC – Escola Superior Agrária de Coimbra e da Delegação de Coimbra da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, entre outros parceiros. A Estação Agrária de Viseu, integrante da Rede de Inovação da Região Centro, iniciou em 1994 um importante trabalho de prospeção, recolha e caracterização de variedades regionais de maçãs. Atualmente, a CCDR Centro é detentora de uma coleção única no panorama nacional.
Hoje, 15 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Rural. Para nós, CCDR Centro, estas são guerreiras sem rosto e despojadas de armas a quem queremos dar voz e que pretendemos homenagear. Hoje e sempre. O Dia Internacional da Mulher Rural foi proclamado na Resolução 62/136, adotada na Assembleia Geral da ONU de 18 de dezembro de 2007. Pretende sublinhar a importância que a mulher tem na comunidade e o seu papel fundamental na atividade agrícola, no sustento familiar, na gestão dos recursos naturais e em tantas outras tarefas essenciais, mas que nem sempre são reconhecidas. A Mulher Rural é uma guardiã de memórias e tradições, é com as suas mãos calejadas que faz a terra dar fruto. A Mulher Rural planta, colhe, cozinha, vende, transforma. Luta com coragem e resiliência, em silêncio e sem holofotes, contra o esquecimento de um sistema que ainda a invisibiliza, mas que se alimenta, dia após dia, do fruto do seu trabalho. Segundo o estudo realizado pela investigadora Rita Madeira, “a agricultura é uma das atividades humanas mais difundidas pelo mundo, garantindo a produção de alimentos, a proteção ambiental, a preservação das paisagens, a segurança e soberania alimentar, bem como o emprego rural”. É neste sentido que os agricultores são entendidos, nomeadamente pela FAO & IFAD (2019), como atores sociais fundamentais que produzem comida, preservam a biodiversidade, gerem recursos e ecossistemas. Segundo a mesma autora, “as mulheres agricultoras, especificamente, têm um papel fulcral na ruralidade: são guardadoras de sementes, transmitem saberes, prestam cuidados, asseguram a manutenção do tecido social e a difusão da religião, entre outros” (Madeira, 2022). Todavia, há uma insuficiente contabilização e reconhecimento do valor do trabalho feminino porque, muitas vezes, as próprias mulheres não reportam esta atividade já que não se identificam profissionalmente como agricultoras ativas e empregadas. Consequentemente, além de não serem contabilizadas para as estatísticas, não detêm proteção social, estando associadas a trabalho familiar gratuito (Madeira, 2022). De acordo com as Nações Unidas, a CortevaTM Agriscience, a Divisão de Agricultura da DowDuPontTM, realizou um estudo que englobou 17 países, incluindo a Península Ibérica, para destacar a relevância das mulheres na agricultura e identificar as barreiras a uma participação mais plena e bem-sucedida. O estudo abrange os resultados de 4.160 inquiridas que vivem tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento, nos cinco continentes. Um dos resultados mais evidentes do referido estudo é que a discriminação de género na agricultura é transversal e persistente. Mais de três quartos das mulheres acreditam que não existem as mesmas oportunidades nem as mesmas possibilidades de tomada de decisão sobre questões fundamentais, como a utilização dos recursos ou benefícios. Os resultados na Península Ibérica encontram-se equiparados à Índia, com 78% do total das inquiridas a referirem e a identificarem a discriminação de género. Ainda segundo o mesmo estudo, cerca de 40% das inquiridas afirmam ter rendimentos mais baixos do que os homens e menos acesso a financiamento. No topo das suas preocupações estão a estabilidade financeira, o bem-estar das suas famílias [...]
Outubro é o mês dedicado aos idosos — ou, para nós da CCDR Centro, o mês de celebrar aqueles que carregam nas rugas as mais belas histórias, nas mãos o carinho mais genuíno e no olhar a sabedoria que o tempo ensina. De acordo com o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (EUROCID), “o Dia Internacional do Idoso celebra-se anualmente a 1 de outubro. Este dia tem como objetivo destacar a importância do idoso na sociedade, bem como consciencializar para as oportunidades e desafios do envelhecimento no nosso tempo”. Em Portugal, contudo, outubro é reconhecido como o mês do idoso. Na CCDR Centro, queremos que o Dia Internacional do Idoso seja mais do que uma data assinalada no calendário — que se transforme num convite à reflexão, ao respeito e à gratidão. Que possamos ver o envelhecer não como um fardo, mas como um privilégio. Acreditamos que cada idoso é um livro vivo, repleto de capítulos de coragem, superação e amor. Foram eles que abriram caminhos, transmitiram valores e mostraram, pelo exemplo, que o tempo não é inimigo, mas um artista que molda a alma com ternura e força. Não podemos esquecer que, “durante as próximas três décadas, prevê-se que o número de pessoas idosas em todo o mundo mais do que duplique, ultrapassando os 1,5 mil milhões em 2050” (EUROCID). Neste contexto, e tendo como inspiração o tema definido para 2025 — “As Pessoas Idosas Impulsionam Ações Locais e Globais: as Nossas Aspirações, o Nosso Bem-Estar e os Nossos Direitos” —, iremos dar destaque ao projeto “Rostos da Aldeia”, da Associação Rostos da Aldeia liderado pela jornalista Luísa Pinto, através da publicação de vídeos que evidenciam o papel transformador dos idosos na construção de sociedades mais resilientes e equitativas. O projeto “Rostos da Aldeia” é uma plataforma dedicada à partilha de histórias positivas de todos aqueles que contribuem para contrariar o despovoamento, dando voz a pessoas — jovens e idosas — que lutam para o inverter. Com o objetivo de valorizar os territórios de baixa densidade, as aldeias de Portugal são o ponto de partida para promover exemplos únicos ligados à boa hospitalidade, à gastronomia de qualidade, às artes e ofícios, às tradições e à cultura popular — exemplos que reforçam as conexões humanas, económicas e sociais essenciais ao desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Almalaguês, Coimbra Pertencente ao município de Coimbra, Almalaguês é uma freguesia que combina uma rica herança cultural, tradições artesanais e uma paisagem diversificada. Fundada há mais de mil anos por um árabe, diz-se que foi ele quem trouxe para Almalaguês o primeiro tear, inaugurando uma atividade que ainda hoje é das mais fortes na região. Com um movimento associativo muito forte, e uma notável coesão para preservar iguarias gastronómicas como o arroz doce ou os negalhos, as tecedeiras de Almalaguês e o Encontro de Gaiteiros que a freguesia organiza todos os anos tornaram esta aldeia um interessante destino de visita. https://www.rostosdaaldeia.pt/coimbra/almalagues/ Cabreira do Côa, Guarda Cabreira do Côa é uma pequena aldeia do distrito [...]
Foi publicado hoje, 13 de outubro, o Despacho n.º 12025/2025 que procede à primeira alteração ao Despacho n.º 666/2015, de 22 de janeiro, que cria os cursos de formação profissional na área da distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Esta legislação determina, ainda, a obrigatoriedade de frequência de ações de formação profissional específicas, tanto para o acesso a estas atividades como para a respetiva atualização. Por sua vez, a habilitação do aplicador tem uma validade de 10 anos, sendo necessário proceder à renovação mediante atualização da formação. Consulte a informação na integra aqui.




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