Projeções demográficas para 2030 apontam para um crescimento populacional no Centro
A população da região Centro poderá aumentar para 2.356.480 residentes em 2030, de acordo com as projeções demográficas da CCDR Centro, Universidade de Aveiro e Universidade de Coimbra, representando um crescimento de 5,8% face a 2021 (129.241 pessoas). Este aumento, que contraria a tendência de perda populacional sentida entre 2011 e 2021 (de -4,3%), deverá ser determinado por um crescimento migratório que compensará largamente o decréscimo natural da população. De facto, num cenário sem migrações (sem quaisquer fluxos de entrada ou saída de população), ou seja, se dependêssemos apenas das dinâmicas naturais da população (nascimentos e óbitos) o efetivo populacional do Centro diminuiria para 2.075.543 pessoas em 2030, representando um decréscimo populacional face a 2021 de 6,8%. Tratar-se-ia de uma diminuição muito significativa, mais acentuada até do que a variação populacional sentida na década censitária entre 2011 e 2021 (-4,3%).
Numa análise das projeções demográficas por grandes grupos etários, entre 2021 e 2030, perspetiva-se um aumento de 9,7% dos jovens até aos 19 anos de idade a residir no Centro, sendo esta tendência de rejuvenescimento populacional muito importante para alavancar a demografia da região e dinamizar, socialmente, algumas estruturas dos territórios sub-regionais. Num cenário sem o contributo dos fluxos migratórios e apenas com a ponderação do saldo natural, o Centro perderia, até 2030, cerca de 16,4% dos seus jovens.
A população ativa, entre os 20 e os 64 anos de idade, entendida como um grupo etário com interferência no crescimento e dinamização das atividades económicas e, consequentemente, com impacto no produto gerado nos territórios, deverá registar uma ligeira diminuição (-0,6%) entre 2021 e 2030. De salientar que esta perda seria significativamente agravada caso não fosse perspetivada a entrada de população estrangeira (-11,2%) e implicaria uma tendência de falta de mão-de-obra no mercado de trabalho regional.
Por fim, na projeção demográfica para 2030, a região Centro manterá a tendência de acréscimo da população idosa. Perspetiva-se um acréscimo da população com 65 ou mais anos de 16,6% face a 2021, traduzindo, ainda assim, uma desaceleração significativa face ao crescimento de 29,1% verificado neste grupo etário entre 2011 e 2021. Num cenário sem migrações, a variação da população idosa seria de 8,1%, evidenciando um crescimento mais lento, situação que se deve ao facto de entrarem nesta faixa etária gerações de menor dimensão, nascidas já num contexto de níveis de fecundidade abaixo do limiar de substituição das gerações.
População residente na Região Centro, por sub-regiões

À escala sub-regional, este exercício de projeções para 2030 aponta para um crescimento populacional em todas as sub-regiões do Centro, com exceção das Beiras e Serra da Estrela que, mesmo neste cenário regional favorável de um saldo migratório positivo, será marcada pela perda demográfica (-2,6%). Nesta sub-região, o crescimento migratório, ainda que relevante, não será suficiente para compensar o decréscimo natural muito significativo. Todas as restantes sub-regiões virão a registar um crescimento populacional, ainda que com saldos naturais negativos. De referir ainda que a Beira Baixa, que apresenta, atualmente, uma tendência de recessão populacional muito significativa, pode, porventura, estabilizar os seus efetivos populacionais, com um crescimento na ordem dos 1,2%. Por outro lado, algumas das sub-regiões com maior efetivo populacional poderão vir a registar crescimentos populacionais muito significativos, como é o caso da Região de Leiria (10,1%), Região de Aveiro (9,9%) e Oeste (8,5%).
Este cenário demográfico para 2030 perspetiva uma alteração pouco significativa na hierarquia dos territórios de acordo com a sua dimensão populacional. A Região de Coimbra continuará a destacar-se como a sub-região mais populosa do Centro, estimando-se um acréscimo populacional de 3,8%. Seguem-se a Região de Aveiro, o Oeste, a Região de Leiria e Viseu Dão Lafões. Comparativamente a 2021, perspetiva-se que o Médio Tejo possa subir na hierarquia sub-regional em 2030, dado o aumento populacional, enquanto as Beiras e Serra da Estrela desça, uma vez que este território do interior perde população residente. Por fim, prevê-se que a Beira Baixa se mantenha como o território com menos população residente no Centro, não obstante se perspetivar um aumento do número de residentes até 2030.
Variação da população residente na Região Centro, por municípios (2021-2030)

Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro”, divulgado pela CCDR Centro, em que se analisam as projeções demográficas para 2030, para os 100 municípios da região Centro e por grupos etários. Estas projeções para 2030 utilizam os dados definitivos dos Censos 2021 e incorporam uma calibração do saldo migratório, permitindo introduzir, nas projeções para 2030, os efeitos da tendência crescente de imigração. Assim, o modelo utilizado considera o saldo natural (nascimentos e óbitos registados num dado território), aplicando o método de sobrevivência das coortes, e inclui também as migrações dependentes de fatores económicos e ajustadas com dados de alunos estrangeiros inscritos nas escolas públicas e privadas da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. De salientar que, sendo estas projeções para 2030 o resultado de um exercício prospetivo, que assume um conjunto de pressupostos sobre a evolução da economia e da demografia para os próximos anos (e particularmente sobre as migrações), devem ser lidas e analisadas assumindo o nível de incerteza subjacente. Essa incerteza será tanto maior quanto mais desagregada estiver a informação, uma vez que a margem de erro aumenta à medida que se desagregam os dados territorialmente, em particular ao nível do município e por grupos de idade. De referir também o comportamento imprevisível dos fenómenos migratórios, que, por um lado, podem assumir uma natureza conjuntural (e não estrutural) e, por outro, podem sofrer de alguma flutuação entre territórios vizinhos, condicionando, portanto, as projeções elaboradas.
Consulte o estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro” AQUI
Consulte AQUI as projeções demográficas até 2030 para os 100 municípios do Centro e respetivas sub-regiões na plataforma de informação estatística “DataCentro – Informação para a Região”.
Projeções demográficas para 2030 apontam para um crescimento populacional no Centro
Projeções demográficas para 2030 apontam para um crescimento populacional no Centro
A população da região Centro poderá aumentar para 2.356.480 residentes em 2030, de acordo com as projeções demográficas da CCDR Centro, Universidade de Aveiro e Universidade de Coimbra, representando um crescimento de 5,8% face a 2021 (129.241 pessoas). Este aumento, que contraria a tendência de perda populacional sentida entre 2011 e 2021 (de -4,3%), deverá ser determinado por um crescimento migratório que compensará largamente o decréscimo natural da população. De facto, num cenário sem migrações (sem quaisquer fluxos de entrada ou saída de população), ou seja, se dependêssemos apenas das dinâmicas naturais da população (nascimentos e óbitos) o efetivo populacional do Centro diminuiria para 2.075.543 pessoas em 2030, representando um decréscimo populacional face a 2021 de 6,8%. Tratar-se-ia de uma diminuição muito significativa, mais acentuada até do que a variação populacional sentida na década censitária entre 2011 e 2021 (-4,3%).
Numa análise das projeções demográficas por grandes grupos etários, entre 2021 e 2030, perspetiva-se um aumento de 9,7% dos jovens até aos 19 anos de idade a residir no Centro, sendo esta tendência de rejuvenescimento populacional muito importante para alavancar a demografia da região e dinamizar, socialmente, algumas estruturas dos territórios sub-regionais. Num cenário sem o contributo dos fluxos migratórios e apenas com a ponderação do saldo natural, o Centro perderia, até 2030, cerca de 16,4% dos seus jovens.
A população ativa, entre os 20 e os 64 anos de idade, entendida como um grupo etário com interferência no crescimento e dinamização das atividades económicas e, consequentemente, com impacto no produto gerado nos territórios, deverá registar uma ligeira diminuição (-0,6%) entre 2021 e 2030. De salientar que esta perda seria significativamente agravada caso não fosse perspetivada a entrada de população estrangeira (-11,2%) e implicaria uma tendência de falta de mão-de-obra no mercado de trabalho regional.
Por fim, na projeção demográfica para 2030, a região Centro manterá a tendência de acréscimo da população idosa. Perspetiva-se um acréscimo da população com 65 ou mais anos de 16,6% face a 2021, traduzindo, ainda assim, uma desaceleração significativa face ao crescimento de 29,1% verificado neste grupo etário entre 2011 e 2021. Num cenário sem migrações, a variação da população idosa seria de 8,1%, evidenciando um crescimento mais lento, situação que se deve ao facto de entrarem nesta faixa etária gerações de menor dimensão, nascidas já num contexto de níveis de fecundidade abaixo do limiar de substituição das gerações.
População residente na Região Centro, por sub-regiões

À escala sub-regional, este exercício de projeções para 2030 aponta para um crescimento populacional em todas as sub-regiões do Centro, com exceção das Beiras e Serra da Estrela que, mesmo neste cenário regional favorável de um saldo migratório positivo, será marcada pela perda demográfica (-2,6%). Nesta sub-região, o crescimento migratório, ainda que relevante, não será suficiente para compensar o decréscimo natural muito significativo. Todas as restantes sub-regiões virão a registar um crescimento populacional, ainda que com saldos naturais negativos. De referir ainda que a Beira Baixa, que apresenta, atualmente, uma tendência de recessão populacional muito significativa, pode, porventura, estabilizar os seus efetivos populacionais, com um crescimento na ordem dos 1,2%. Por outro lado, algumas das sub-regiões com maior efetivo populacional poderão vir a registar crescimentos populacionais muito significativos, como é o caso da Região de Leiria (10,1%), Região de Aveiro (9,9%) e Oeste (8,5%).
Este cenário demográfico para 2030 perspetiva uma alteração pouco significativa na hierarquia dos territórios de acordo com a sua dimensão populacional. A Região de Coimbra continuará a destacar-se como a sub-região mais populosa do Centro, estimando-se um acréscimo populacional de 3,8%. Seguem-se a Região de Aveiro, o Oeste, a Região de Leiria e Viseu Dão Lafões. Comparativamente a 2021, perspetiva-se que o Médio Tejo possa subir na hierarquia sub-regional em 2030, dado o aumento populacional, enquanto as Beiras e Serra da Estrela desça, uma vez que este território do interior perde população residente. Por fim, prevê-se que a Beira Baixa se mantenha como o território com menos população residente no Centro, não obstante se perspetivar um aumento do número de residentes até 2030.
Variação da população residente na Região Centro, por municípios (2021-2030)

Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro”, divulgado pela CCDR Centro, em que se analisam as projeções demográficas para 2030, para os 100 municípios da região Centro e por grupos etários. Estas projeções para 2030 utilizam os dados definitivos dos Censos 2021 e incorporam uma calibração do saldo migratório, permitindo introduzir, nas projeções para 2030, os efeitos da tendência crescente de imigração. Assim, o modelo utilizado considera o saldo natural (nascimentos e óbitos registados num dado território), aplicando o método de sobrevivência das coortes, e inclui também as migrações dependentes de fatores económicos e ajustadas com dados de alunos estrangeiros inscritos nas escolas públicas e privadas da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. De salientar que, sendo estas projeções para 2030 o resultado de um exercício prospetivo, que assume um conjunto de pressupostos sobre a evolução da economia e da demografia para os próximos anos (e particularmente sobre as migrações), devem ser lidas e analisadas assumindo o nível de incerteza subjacente. Essa incerteza será tanto maior quanto mais desagregada estiver a informação, uma vez que a margem de erro aumenta à medida que se desagregam os dados territorialmente, em particular ao nível do município e por grupos de idade. De referir também o comportamento imprevisível dos fenómenos migratórios, que, por um lado, podem assumir uma natureza conjuntural (e não estrutural) e, por outro, podem sofrer de alguma flutuação entre territórios vizinhos, condicionando, portanto, as projeções elaboradas.
Consulte o estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro” AQUI
Consulte AQUI as projeções demográficas até 2030 para os 100 municípios do Centro e respetivas sub-regiões na plataforma de informação estatística “DataCentro – Informação para a Região”.
A população da região Centro poderá aumentar para 2.356.480 residentes em 2030, de acordo com as projeções demográficas da CCDR Centro, Universidade de Aveiro e Universidade de Coimbra, representando um crescimento de 5,8% face a 2021 (129.241 pessoas). Este aumento, que contraria a tendência de perda populacional sentida entre 2011 e 2021 (de -4,3%), deverá ser determinado por um crescimento migratório que compensará largamente o decréscimo natural da população. De facto, num cenário sem migrações (sem quaisquer fluxos de entrada ou saída de população), ou seja, se dependêssemos apenas das dinâmicas naturais da população (nascimentos e óbitos) o efetivo populacional do Centro diminuiria para 2.075.543 pessoas em 2030, representando um decréscimo populacional face a 2021 de 6,8%. Tratar-se-ia de uma diminuição muito significativa, mais acentuada até do que a variação populacional sentida na década censitária entre 2011 e 2021 (-4,3%).
Numa análise das projeções demográficas por grandes grupos etários, entre 2021 e 2030, perspetiva-se um aumento de 9,7% dos jovens até aos 19 anos de idade a residir no Centro, sendo esta tendência de rejuvenescimento populacional muito importante para alavancar a demografia da região e dinamizar, socialmente, algumas estruturas dos territórios sub-regionais. Num cenário sem o contributo dos fluxos migratórios e apenas com a ponderação do saldo natural, o Centro perderia, até 2030, cerca de 16,4% dos seus jovens.
A população ativa, entre os 20 e os 64 anos de idade, entendida como um grupo etário com interferência no crescimento e dinamização das atividades económicas e, consequentemente, com impacto no produto gerado nos territórios, deverá registar uma ligeira diminuição (-0,6%) entre 2021 e 2030. De salientar que esta perda seria significativamente agravada caso não fosse perspetivada a entrada de população estrangeira (-11,2%) e implicaria uma tendência de falta de mão-de-obra no mercado de trabalho regional.
Por fim, na projeção demográfica para 2030, a região Centro manterá a tendência de acréscimo da população idosa. Perspetiva-se um acréscimo da população com 65 ou mais anos de 16,6% face a 2021, traduzindo, ainda assim, uma desaceleração significativa face ao crescimento de 29,1% verificado neste grupo etário entre 2011 e 2021. Num cenário sem migrações, a variação da população idosa seria de 8,1%, evidenciando um crescimento mais lento, situação que se deve ao facto de entrarem nesta faixa etária gerações de menor dimensão, nascidas já num contexto de níveis de fecundidade abaixo do limiar de substituição das gerações.
População residente na Região Centro, por sub-regiões

À escala sub-regional, este exercício de projeções para 2030 aponta para um crescimento populacional em todas as sub-regiões do Centro, com exceção das Beiras e Serra da Estrela que, mesmo neste cenário regional favorável de um saldo migratório positivo, será marcada pela perda demográfica (-2,6%). Nesta sub-região, o crescimento migratório, ainda que relevante, não será suficiente para compensar o decréscimo natural muito significativo. Todas as restantes sub-regiões virão a registar um crescimento populacional, ainda que com saldos naturais negativos. De referir ainda que a Beira Baixa, que apresenta, atualmente, uma tendência de recessão populacional muito significativa, pode, porventura, estabilizar os seus efetivos populacionais, com um crescimento na ordem dos 1,2%. Por outro lado, algumas das sub-regiões com maior efetivo populacional poderão vir a registar crescimentos populacionais muito significativos, como é o caso da Região de Leiria (10,1%), Região de Aveiro (9,9%) e Oeste (8,5%).
Este cenário demográfico para 2030 perspetiva uma alteração pouco significativa na hierarquia dos territórios de acordo com a sua dimensão populacional. A Região de Coimbra continuará a destacar-se como a sub-região mais populosa do Centro, estimando-se um acréscimo populacional de 3,8%. Seguem-se a Região de Aveiro, o Oeste, a Região de Leiria e Viseu Dão Lafões. Comparativamente a 2021, perspetiva-se que o Médio Tejo possa subir na hierarquia sub-regional em 2030, dado o aumento populacional, enquanto as Beiras e Serra da Estrela desça, uma vez que este território do interior perde população residente. Por fim, prevê-se que a Beira Baixa se mantenha como o território com menos população residente no Centro, não obstante se perspetivar um aumento do número de residentes até 2030.
Variação da população residente na Região Centro, por municípios (2021-2030)

Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro”, divulgado pela CCDR Centro, em que se analisam as projeções demográficas para 2030, para os 100 municípios da região Centro e por grupos etários. Estas projeções para 2030 utilizam os dados definitivos dos Censos 2021 e incorporam uma calibração do saldo migratório, permitindo introduzir, nas projeções para 2030, os efeitos da tendência crescente de imigração. Assim, o modelo utilizado considera o saldo natural (nascimentos e óbitos registados num dado território), aplicando o método de sobrevivência das coortes, e inclui também as migrações dependentes de fatores económicos e ajustadas com dados de alunos estrangeiros inscritos nas escolas públicas e privadas da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. De salientar que, sendo estas projeções para 2030 o resultado de um exercício prospetivo, que assume um conjunto de pressupostos sobre a evolução da economia e da demografia para os próximos anos (e particularmente sobre as migrações), devem ser lidas e analisadas assumindo o nível de incerteza subjacente. Essa incerteza será tanto maior quanto mais desagregada estiver a informação, uma vez que a margem de erro aumenta à medida que se desagregam os dados territorialmente, em particular ao nível do município e por grupos de idade. De referir também o comportamento imprevisível dos fenómenos migratórios, que, por um lado, podem assumir uma natureza conjuntural (e não estrutural) e, por outro, podem sofrer de alguma flutuação entre territórios vizinhos, condicionando, portanto, as projeções elaboradas.
Consulte o estudo “Projeções Demográficas 2030 para a Região Centro” AQUI
Consulte AQUI as projeções demográficas até 2030 para os 100 municípios do Centro e respetivas sub-regiões na plataforma de informação estatística “DataCentro – Informação para a Região”.





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