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Nos dias 19 e 20 de novembro, a CCDR Centro promoverá em Leiria a próxima ação de capacitação "Enquadramento legal, contabilístico e fiscal", no âmbito do CULTURA AO CENTRO 2025 A iniciativa destina-se a agentes culturais não profissionais da região Centro e tem como objetivo reforçar competências e apoiar a sustentabilidade das organizações culturais, através da partilha de conhecimentos práticos sobre gestão, obrigações legais e enquadramento fiscal. Com uma abordagem acessível e orientada para os desafios do setor associativo, esta ação pretende fornecer instrumentos úteis para uma gestão cultural mais eficiente e transparente. A participação é gratuita, decorrerá em horário pós-laboral e está limitada a 25 participantes. Inscrições abertas aqui. O CULTURA AO CENTRO 2025 é um programa promovido pela CCDR Centro que percorre a Região Centro com ações de capacitação dedicadas a agentes culturais não profissionais, reforçando a valorização das competências, a coesão territorial e a sustentabilidade do setor cultural.
Encontra-se a decorrer a fase de consulta pública para efeitos de inscrição da "Arte de Construção dos muros em pedra seca no Maciço Calcário de Sicó" no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Prazo de pronúncia dos interessados – 30 dias, nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de junho, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 149/2015, de 4 de agosto. Consulte aqui mais informações.
No próximo dia 27 de novembro, às 10h00, realiza-se a sessão final online do projeto PRR SNM_XylellaVt – Sistema Nacional de Monitorização de Insetos Vetores da Xylella fastidiosa, dedicada à apresentação dos principais resultados obtidos. Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e coordenado pela CCDR Centro, o projeto envolveu várias entidades parceiras — DGAV, CCDR Norte, CCDR Algarve, COTHN, InovPlantProtect, FNOP, ADVID, AVELEDA, VERACRUZ, FRUTALGOZ e GRANFER — com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre os insetos vetores da Xylella fastidiosa e desenvolver ferramentas de monitorização, previsão e boas práticas para apoiar o controlo e prevenção da doença. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia. Faça a sua inscrição aqui.
O Roteiro da Economia Circular na Região Centro vai promover entre novembro de 2025 e janeiro de 2026 visitas a dez entidades que subscreveram a última edição do Pacto para a Economia Circular do Centro, permitindo conhecer as boas práticas de economia circular implementadas. Consulte aqui o programa completo do Roteiro. A primeira visita é já no próximo dia 21 de novembro, no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra. Junte-se a nós e venha saber mais sobre economia circular. Faça aqui a sua inscrição.
Apenas três municípios da região Centro (considerada a 77 municípios – NUTS 2024) - Coimbra, Aveiro e Leiria - manifestam um poder de compra superior à média nacional. Coimbra e Aveiro destacam-se por permanecerem nos 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e a sétima posição da hierarquia nacional. Estas são algumas das conclusões da nova edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2023, divulgado, em 6 de novembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Estatística. Este estudo visa caracterizar os municípios portugueses do ponto de vista do poder de compra manifestado nesses territórios, tendo periodicidade bienal. Os dados desta edição derivam de um modelo de análise fatorial em componentes principais com 15 variáveis (relativizadas pela população residente) e permitem gerar três indicadores de síntese: Indicador per Capita (IpC), Percentagem de Poder de Compra (PPC) e Fator Dinamismo Relativo (FDR). Na construção destes indicadores foram consideradas variáveis como o rendimento bruto declarado para efeitos de IRS, o crédito à habitação concedido, o valor das compras nacionais e internacionais através de terminais de pagamento automático, o valor das operações de pagamentos em caixas multibanco, o ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor das transações por venda de alojamentos familiares, o valor das rendas de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, o volume de negócios das empresas de comércio a retalho e restauração com atividade, as diversas tipologias de impostos (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre outras. O Indicador do Poder de Compra per Capita (IpC) pretende refletir o poder de compra manifestado regularmente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor de Portugal (Portugal = 100). Os resultados agora divulgados mostram que, entre as nove regiões do país (NUTS 2024), o Centro ocupa a sexta posição, com um poder de compra per capita de 90% da média nacional, evidenciando uma posição apenas mais favorável do que o Oeste e Vale do Tejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A Grande Lisboa é a única região portuguesa com um IpC superior à média nacional. Indicador per Capita por NUTS II, 2023 Quanto ao poder de compra per capita das sub-regiões do Centro, nenhuma regista valores superiores à média nacional (situação que apenas ocorre na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto). Ainda assim, as três sub-regiões localizadas no litoral, Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria, apresentam os níveis de poder de compra mais elevados, ultrapassando a média regional. Por contraste, as restantes três NUTS III da região revelam um poder de compra abaixo da média nacional e regional. A sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta um poder de compra de cerca de 82% da média nacional. Indicador per Capita nas NUTS III da Região Centro, 2023 Relativamente ao poder de compra per capita municipal, apenas três municípios da [...]
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro) promove, no dia 27 de novembro, no Polo de Inovação de Anadia - Estação Vitivinícola da Bairrada, o curso “Iniciação à Poda da Vinha”. Esta formação visa introduzir os participantes nos princípios fundamentais da poda. O curso inicia-se com a abordagem de conceitos teóricos essenciais — como a carga e as épocas de poda — e prossegue com demonstrações práticas, que incluem a poda de formação e a poda de manutenção. Combinando teoria e prática, esta formação proporciona aos formandos as bases necessárias para compreender e executar a poda de forma segura, eficiente e adaptada às necessidades de cada videira." A poda da videira é uma operação indispensável ao seu cultivo, sendo determinante para o equilíbrio, sanidade, longevidade e produtividade da planta. Existem vários tipos de poda, que variam consoante a idade da videira e os objetivos pretendidos, desde a formação da planta até à manutenção da produção. Faça aqui a sua inscrição: https://forms.gle/VqH6A9zueCUQTetR9 Preço de inscrição: 10€
A última sessão de 2025 do ciclo "PATRIMÓNIO AO CENTRO — Construções de uma Identidade", promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro), em parceria com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitetos, teve lugar hoje em São Pedro do Sul. A sessão decorreu no Balneário Romano, um dos mais importantes vestígios da presença romana em Portugal, e contou com a participação do arquiteto João Mendes Ribeiro, que partilhou a sua experiência e visão sobre a reabilitação e conservação do património arquitetónico. Ao longo das quatro sessões, que decorreram em Figueira de Castelo Rodrigo, Carregal do Sal, Pombal e São Pedro do Sul, o ciclo "Património ao Centro" promoveu a reflexão e o debate em torno da arquitetura, da reabilitação e da valorização do património edificado, estimulando o diálogo entre arquitetos, técnicos municipais e outros agentes culturais da região Centro. Esta iniciativa insere-se na estratégia da CCDR Centro de aproximar os profissionais do território e de valorizar o património cultural enquanto elemento identitário e motor de coesão regional, reconhecendo o contributo das boas práticas para a preservação e dinamização do património da região Centro.
Nos dias 14 e 15 de novembro, a CCDR Centro promove em Viseu a ação de capacitação “Da Ideia ao Território – Projetos Culturais Sustentáveis e Estratégicos”, no âmbito do CULTURA AO CENTRO 2025. A iniciativa destina-se a agentes culturais não profissionais da região Centro e tem como principal objetivo reforçar competências e apoiar o desenvolvimento de projetos culturais com impacto local e regional. Durante dois dias de trabalho presencial, os participantes terão oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre planeamento estratégico, sustentabilidade, comunicação cultural e envolvimento das comunidades, temas essenciais para a criação de projetos culturais mais sólidos e duradouros. A participação é gratuita, em horário pós-laboral, mas limitada a 25 participantes. Inscrições abertas aqui. O CULTURA AO CENTRO 2025 é um programa promovido pela CCDR Centro que percorre a Região Centro com ações de capacitação dedicadas a agentes culturais não profissionais, reforçando a valorização das competências, a coesão territorial e a sustentabilidade do setor cultural.
Há 80 anos nascia David de Almeida (1945-2014), em S. Pedro do Sul, um dos nomes mais importantes da gravura contemporânea portuguesa. A sua profunda ligação ao território natal está presente em toda a sua obra. Foi da paisagem da Beira Alta e das memórias de infância que surgiu o seu fascínio pelas gravuras rupestres da Pedra Escrita de Serrazes, um enorme monólito granítico com inscrições milenares que viria a inspirar uma das suas séries mais emblemáticas: os "Exercícios Líticos", apresentados na Bienal de São Paulo em 1983. Sobre este processo criativo, David de Almeida recordava: "Trabalhava nela - com ela - há alguns anos e, à força de tanto a viajar, havia pontos estranhos que gostava de ver esclarecidos. Desenhei-a, fotografei-a e modelei-a comprimindo finas folhas de papel húmido contra o seu corpo inciso”. E acrescentava: "A minha ideia (…) era a de tirar provas, utilizando papel moldado, de uma gravura pré-histórica concebida por um colega pioneiro, no tempo em que ainda não conhecia o papel. Foi o fechar de um ciclo”. Ao evocar David de Almeida e os seus "colegas" gravadores de outras épocas, a CCDR Centro presta uma dupla homenagem: à criação artística contemporânea e à memória ancestral da gravura na pedra, símbolos da continuidade entre património, território e arte. Como escreveu José Saramago num texto de catálogo para uma exposição do artista em Madrid, em 2002: “Toda a arqueologia de materiais é, bem o sabemos, uma arqueologia humana. O que esta gravura esconde e mostra é o trânsito do ser no tempo e a sua passagem pelos espaços, os sinais dos dedos, as raspaduras das unhas, as cinzas e os tições das fogueiras apagadas, os ossos próprios e alheios, os caminhos que eternamente se bifurcam e se vão distanciando e perdendo uns dos outros. (…) O cérebro perguntou e pediu, a mão respondeu e fez “. Com esta evocação, a CCDR Centro relembra um criador cuja arte nasce do contacto direto com o território e a própria natureza, convertendo a Pedra Escrita de Serrazes num símbolo de diálogo entre o passado e o presente, entre a natureza e a criação humana. Crédito das imagens: David de Almeida e Pedra de Serrazes, S. Pedro do Sul. s.d. ©espólio David de Almeida / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian. David de Almeida, S/Título (Serrazes), gravura cast paper, 1982, Inv. GP2027. ©Centro de Arte Moderna / Fundação Calouste Gulbenkian.
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Nos dias 19 e 20 de novembro, a CCDR Centro promoverá em Leiria a próxima ação de capacitação "Enquadramento legal, contabilístico e fiscal", no âmbito do CULTURA AO CENTRO 2025 A iniciativa destina-se a agentes culturais não profissionais da região Centro e tem como objetivo reforçar competências e apoiar a sustentabilidade das organizações culturais, através da partilha de conhecimentos práticos sobre gestão, obrigações legais e enquadramento fiscal. Com uma abordagem acessível e orientada para os desafios do setor associativo, esta ação pretende fornecer instrumentos úteis para uma gestão cultural mais eficiente e transparente. A participação é gratuita, decorrerá em horário pós-laboral e está limitada a 25 participantes. Inscrições abertas aqui. O CULTURA AO CENTRO 2025 é um programa promovido pela CCDR Centro que percorre a Região Centro com ações de capacitação dedicadas a agentes culturais não profissionais, reforçando a valorização das competências, a coesão territorial e a sustentabilidade do setor cultural.
Encontra-se a decorrer a fase de consulta pública para efeitos de inscrição da "Arte de Construção dos muros em pedra seca no Maciço Calcário de Sicó" no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Prazo de pronúncia dos interessados – 30 dias, nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de junho, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 149/2015, de 4 de agosto. Consulte aqui mais informações.
No próximo dia 27 de novembro, às 10h00, realiza-se a sessão final online do projeto PRR SNM_XylellaVt – Sistema Nacional de Monitorização de Insetos Vetores da Xylella fastidiosa, dedicada à apresentação dos principais resultados obtidos. Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e coordenado pela CCDR Centro, o projeto envolveu várias entidades parceiras — DGAV, CCDR Norte, CCDR Algarve, COTHN, InovPlantProtect, FNOP, ADVID, AVELEDA, VERACRUZ, FRUTALGOZ e GRANFER — com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre os insetos vetores da Xylella fastidiosa e desenvolver ferramentas de monitorização, previsão e boas práticas para apoiar o controlo e prevenção da doença. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia. Faça a sua inscrição aqui.
O Roteiro da Economia Circular na Região Centro vai promover entre novembro de 2025 e janeiro de 2026 visitas a dez entidades que subscreveram a última edição do Pacto para a Economia Circular do Centro, permitindo conhecer as boas práticas de economia circular implementadas. Consulte aqui o programa completo do Roteiro. A primeira visita é já no próximo dia 21 de novembro, no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra. Junte-se a nós e venha saber mais sobre economia circular. Faça aqui a sua inscrição.
Apenas três municípios da região Centro (considerada a 77 municípios – NUTS 2024) - Coimbra, Aveiro e Leiria - manifestam um poder de compra superior à média nacional. Coimbra e Aveiro destacam-se por permanecerem nos 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e a sétima posição da hierarquia nacional. Estas são algumas das conclusões da nova edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2023, divulgado, em 6 de novembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Estatística. Este estudo visa caracterizar os municípios portugueses do ponto de vista do poder de compra manifestado nesses territórios, tendo periodicidade bienal. Os dados desta edição derivam de um modelo de análise fatorial em componentes principais com 15 variáveis (relativizadas pela população residente) e permitem gerar três indicadores de síntese: Indicador per Capita (IpC), Percentagem de Poder de Compra (PPC) e Fator Dinamismo Relativo (FDR). Na construção destes indicadores foram consideradas variáveis como o rendimento bruto declarado para efeitos de IRS, o crédito à habitação concedido, o valor das compras nacionais e internacionais através de terminais de pagamento automático, o valor das operações de pagamentos em caixas multibanco, o ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor das transações por venda de alojamentos familiares, o valor das rendas de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, o volume de negócios das empresas de comércio a retalho e restauração com atividade, as diversas tipologias de impostos (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre outras. O Indicador do Poder de Compra per Capita (IpC) pretende refletir o poder de compra manifestado regularmente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor de Portugal (Portugal = 100). Os resultados agora divulgados mostram que, entre as nove regiões do país (NUTS 2024), o Centro ocupa a sexta posição, com um poder de compra per capita de 90% da média nacional, evidenciando uma posição apenas mais favorável do que o Oeste e Vale do Tejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A Grande Lisboa é a única região portuguesa com um IpC superior à média nacional. Indicador per Capita por NUTS II, 2023 Quanto ao poder de compra per capita das sub-regiões do Centro, nenhuma regista valores superiores à média nacional (situação que apenas ocorre na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto). Ainda assim, as três sub-regiões localizadas no litoral, Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria, apresentam os níveis de poder de compra mais elevados, ultrapassando a média regional. Por contraste, as restantes três NUTS III da região revelam um poder de compra abaixo da média nacional e regional. A sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta um poder de compra de cerca de 82% da média nacional. Indicador per Capita nas NUTS III da Região Centro, 2023 Relativamente ao poder de compra per capita municipal, apenas três municípios da [...]
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro) promove, no dia 27 de novembro, no Polo de Inovação de Anadia - Estação Vitivinícola da Bairrada, o curso “Iniciação à Poda da Vinha”. Esta formação visa introduzir os participantes nos princípios fundamentais da poda. O curso inicia-se com a abordagem de conceitos teóricos essenciais — como a carga e as épocas de poda — e prossegue com demonstrações práticas, que incluem a poda de formação e a poda de manutenção. Combinando teoria e prática, esta formação proporciona aos formandos as bases necessárias para compreender e executar a poda de forma segura, eficiente e adaptada às necessidades de cada videira." A poda da videira é uma operação indispensável ao seu cultivo, sendo determinante para o equilíbrio, sanidade, longevidade e produtividade da planta. Existem vários tipos de poda, que variam consoante a idade da videira e os objetivos pretendidos, desde a formação da planta até à manutenção da produção. Faça aqui a sua inscrição: https://forms.gle/VqH6A9zueCUQTetR9 Preço de inscrição: 10€
A última sessão de 2025 do ciclo "PATRIMÓNIO AO CENTRO — Construções de uma Identidade", promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro), em parceria com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitetos, teve lugar hoje em São Pedro do Sul. A sessão decorreu no Balneário Romano, um dos mais importantes vestígios da presença romana em Portugal, e contou com a participação do arquiteto João Mendes Ribeiro, que partilhou a sua experiência e visão sobre a reabilitação e conservação do património arquitetónico. Ao longo das quatro sessões, que decorreram em Figueira de Castelo Rodrigo, Carregal do Sal, Pombal e São Pedro do Sul, o ciclo "Património ao Centro" promoveu a reflexão e o debate em torno da arquitetura, da reabilitação e da valorização do património edificado, estimulando o diálogo entre arquitetos, técnicos municipais e outros agentes culturais da região Centro. Esta iniciativa insere-se na estratégia da CCDR Centro de aproximar os profissionais do território e de valorizar o património cultural enquanto elemento identitário e motor de coesão regional, reconhecendo o contributo das boas práticas para a preservação e dinamização do património da região Centro.
Nos dias 14 e 15 de novembro, a CCDR Centro promove em Viseu a ação de capacitação “Da Ideia ao Território – Projetos Culturais Sustentáveis e Estratégicos”, no âmbito do CULTURA AO CENTRO 2025. A iniciativa destina-se a agentes culturais não profissionais da região Centro e tem como principal objetivo reforçar competências e apoiar o desenvolvimento de projetos culturais com impacto local e regional. Durante dois dias de trabalho presencial, os participantes terão oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre planeamento estratégico, sustentabilidade, comunicação cultural e envolvimento das comunidades, temas essenciais para a criação de projetos culturais mais sólidos e duradouros. A participação é gratuita, em horário pós-laboral, mas limitada a 25 participantes. Inscrições abertas aqui. O CULTURA AO CENTRO 2025 é um programa promovido pela CCDR Centro que percorre a Região Centro com ações de capacitação dedicadas a agentes culturais não profissionais, reforçando a valorização das competências, a coesão territorial e a sustentabilidade do setor cultural.
Há 80 anos nascia David de Almeida (1945-2014), em S. Pedro do Sul, um dos nomes mais importantes da gravura contemporânea portuguesa. A sua profunda ligação ao território natal está presente em toda a sua obra. Foi da paisagem da Beira Alta e das memórias de infância que surgiu o seu fascínio pelas gravuras rupestres da Pedra Escrita de Serrazes, um enorme monólito granítico com inscrições milenares que viria a inspirar uma das suas séries mais emblemáticas: os "Exercícios Líticos", apresentados na Bienal de São Paulo em 1983. Sobre este processo criativo, David de Almeida recordava: "Trabalhava nela - com ela - há alguns anos e, à força de tanto a viajar, havia pontos estranhos que gostava de ver esclarecidos. Desenhei-a, fotografei-a e modelei-a comprimindo finas folhas de papel húmido contra o seu corpo inciso”. E acrescentava: "A minha ideia (…) era a de tirar provas, utilizando papel moldado, de uma gravura pré-histórica concebida por um colega pioneiro, no tempo em que ainda não conhecia o papel. Foi o fechar de um ciclo”. Ao evocar David de Almeida e os seus "colegas" gravadores de outras épocas, a CCDR Centro presta uma dupla homenagem: à criação artística contemporânea e à memória ancestral da gravura na pedra, símbolos da continuidade entre património, território e arte. Como escreveu José Saramago num texto de catálogo para uma exposição do artista em Madrid, em 2002: “Toda a arqueologia de materiais é, bem o sabemos, uma arqueologia humana. O que esta gravura esconde e mostra é o trânsito do ser no tempo e a sua passagem pelos espaços, os sinais dos dedos, as raspaduras das unhas, as cinzas e os tições das fogueiras apagadas, os ossos próprios e alheios, os caminhos que eternamente se bifurcam e se vão distanciando e perdendo uns dos outros. (…) O cérebro perguntou e pediu, a mão respondeu e fez “. Com esta evocação, a CCDR Centro relembra um criador cuja arte nasce do contacto direto com o território e a própria natureza, convertendo a Pedra Escrita de Serrazes num símbolo de diálogo entre o passado e o presente, entre a natureza e a criação humana. Crédito das imagens: David de Almeida e Pedra de Serrazes, S. Pedro do Sul. s.d. ©espólio David de Almeida / Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian. David de Almeida, S/Título (Serrazes), gravura cast paper, 1982, Inv. GP2027. ©Centro de Arte Moderna / Fundação Calouste Gulbenkian.




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