PIB regional aumenta 6,7% em 2024, atingindo 39,7 mil milhões de euros

Categories: Desenvolvimento regionalPublished On: 23/12/2025

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) da região Centro (77 municípios) ascendia a 39,7 mil milhões de euros, representando 13,7% do total do país e posicionando o Centro no terceiro lugar a nível nacional, depois da Grande Lisboa e do Norte. Todas as regiões portuguesas registaram um aumento da atividade económica, mais acentuada no Algarve, na Península de Setúbal e na Região Autónoma da Madeira, enquanto o Centro registou um aumento de 6,7%, inferior à média nacional (7,1%). Ainda assim, o PIB regional registou uma variação real de 2,1% face a 2023, igual à média nacional. O dinamismo económico da região resultou sobretudo do crescimento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da indústria e energia e do VAB do comércio, transportes, alojamento e restauração, com acréscimos em volume de 3,2% e 2,6%, respetivamente.

Também em todas as sub-regiões da região Centro, o PIB aumentou em termos nominais e reais, destacando-se os crescimentos nominais registados na Região de Coimbra, na Beira Baixa e nas Beiras e Serra da Estrela, acima da média regional e nacional. Já os aumentos mais modestos do PIB ocorreram na Região de Aveiro e em Viseu Dão Lafões.

As três sub-regiões do litoral eram responsáveis por mais de 70% da riqueza criada na região Centro em 2024: Região de Coimbra (26,7%), Região de Aveiro (25,1%) e Região de Leiria (19,3%). As sub-regiões com menor peso relativo no PIB regional eram a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela.

Em 2024, o PIB por habitante da região Centro cifrava-se nos 23.236 euros, traduzindo um aumento de 1.163 euros por habitante em relação a 2023. Este valor representava 85,9% da média nacional tendo divergido face à média nacional, uma vez que diminuiu 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior (86,4%). O Centro mantinha-se como uma das regiões portuguesas com menor PIB por habitante, apenas atrás da Península de Setúbal e do Oeste e Vale do Tejo. As regiões com o PIB por habitante mais elevado e acima da média do país eram a Grande Lisboa, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira. Na comparação internacional, em 2024, o PIB por habitante da região Centro expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) correspondia a 70,7% da média da União Europeia (UE27), tendo melhorado 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior (70,0%). A média nacional também se aproximou da média da União Europeia, situando-se nos 82,4%.

A coesão regional, avaliada pelas assimetrias regionais do PIB por habitante, diminuiu face a 2023, apontando, assim, para um agravamento das assimetrias regionais, uma vez que a diferença entre o maior e o menor valor do PIB por habitante observado nas nove regiões portuguesas aumentou (em 2023, esta diferença era de 22.940 euros, tendo aumentado para 24.140 euros, em 2024).

Considerando as sub-regiões do Centro, verificava-se que, em 2024, a Região de Aveiro, a Região de Leiria e a Região de Coimbra constituíam o grupo de sub-regiões com melhor desempenho em termos do PIB por habitante e que mais se aproximavam da média nacional, posicionando-se ainda acima da média regional. As restantes sub-regiões encontravam-se abaixo das médias nacional e regional. As Beiras e Serra da Estrela continuavam a ser o território do Centro que gerava menos riqueza por habitante, apesar da melhoria face a 2023. A região Centro evidenciava uma disparidade regional de 25,2 pontos percentuais em termos de PIB por habitante, correspondente à diferença entre os índices da Região de Aveiro (o índice mais elevado) e das Beiras e Serra da Estrela (o menor índice). Esta amplitude diminuiu face a 2019 (em -2,9 pontos), indicando um aumento da coesão intrarregional e, portanto, uma redução das assimetrias entre as sub-regiões do Centro. Analisando ainda o desempenho do PIB por habitante das sub-regiões em relação ao ano anterior, constata-se que a Região de Coimbra, a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela convergiram para a média nacional, ao contrário da Região de Aveiro, da Região de Leiria e de Viseu Dão Lafões, que divergiram face à média do país.

É ainda de referir que, em 2024, a produtividade do trabalho na região Centro era de 44,9 mil euros por trabalhador, o que correspondia a 94,0% do total nacional. Apesar deste valor ser superior ao registado em 2023 (42,5 mil euros por trabalhador), aumentou a discrepância da região face à média nacional (em 2023, a produtividade regional correspondia a 94,5% da média nacional). O Centro permanecia como uma das regiões portuguesas com a mais baixa produtividade do trabalho (ocupando a 6.ª posição na hierarquia nacional). Em termos sub-regionais, destacavam-se a Região de Aveiro e a Região de Coimbra com os maiores índices de produtividade (98,5% e 97,8% da média nacional, respetivamente), seguindo-se a Beira Baixa (96,2%) e a Região de Leiria (95,8%). Estas quatro sub-regiões apresentaram índices de produtividade do trabalho superiores à média regional, ainda que se tenham mantido inferiores à média nacional.

 

Estas são algumas das conclusões dos mais recentes resultados das Contas Regionais provisórias de 2024, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

 
 

PIB regional aumenta 6,7% em 2024, atingindo 39,7 mil milhões de euros

PIB regional aumenta 6,7% em 2024, atingindo 39,7 mil milhões de euros

Categories: Desenvolvimento regionalPublished On: 23/12/2025

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) da região Centro (77 municípios) ascendia a 39,7 mil milhões de euros, representando 13,7% do total do país e posicionando o Centro no terceiro lugar a nível nacional, depois da Grande Lisboa e do Norte. Todas as regiões portuguesas registaram um aumento da atividade económica, mais acentuada no Algarve, na Península de Setúbal e na Região Autónoma da Madeira, enquanto o Centro registou um aumento de 6,7%, inferior à média nacional (7,1%). Ainda assim, o PIB regional registou uma variação real de 2,1% face a 2023, igual à média nacional. O dinamismo económico da região resultou sobretudo do crescimento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da indústria e energia e do VAB do comércio, transportes, alojamento e restauração, com acréscimos em volume de 3,2% e 2,6%, respetivamente.

Também em todas as sub-regiões da região Centro, o PIB aumentou em termos nominais e reais, destacando-se os crescimentos nominais registados na Região de Coimbra, na Beira Baixa e nas Beiras e Serra da Estrela, acima da média regional e nacional. Já os aumentos mais modestos do PIB ocorreram na Região de Aveiro e em Viseu Dão Lafões.

As três sub-regiões do litoral eram responsáveis por mais de 70% da riqueza criada na região Centro em 2024: Região de Coimbra (26,7%), Região de Aveiro (25,1%) e Região de Leiria (19,3%). As sub-regiões com menor peso relativo no PIB regional eram a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela.

Em 2024, o PIB por habitante da região Centro cifrava-se nos 23.236 euros, traduzindo um aumento de 1.163 euros por habitante em relação a 2023. Este valor representava 85,9% da média nacional tendo divergido face à média nacional, uma vez que diminuiu 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior (86,4%). O Centro mantinha-se como uma das regiões portuguesas com menor PIB por habitante, apenas atrás da Península de Setúbal e do Oeste e Vale do Tejo. As regiões com o PIB por habitante mais elevado e acima da média do país eram a Grande Lisboa, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira. Na comparação internacional, em 2024, o PIB por habitante da região Centro expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) correspondia a 70,7% da média da União Europeia (UE27), tendo melhorado 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior (70,0%). A média nacional também se aproximou da média da União Europeia, situando-se nos 82,4%.

A coesão regional, avaliada pelas assimetrias regionais do PIB por habitante, diminuiu face a 2023, apontando, assim, para um agravamento das assimetrias regionais, uma vez que a diferença entre o maior e o menor valor do PIB por habitante observado nas nove regiões portuguesas aumentou (em 2023, esta diferença era de 22.940 euros, tendo aumentado para 24.140 euros, em 2024).

Considerando as sub-regiões do Centro, verificava-se que, em 2024, a Região de Aveiro, a Região de Leiria e a Região de Coimbra constituíam o grupo de sub-regiões com melhor desempenho em termos do PIB por habitante e que mais se aproximavam da média nacional, posicionando-se ainda acima da média regional. As restantes sub-regiões encontravam-se abaixo das médias nacional e regional. As Beiras e Serra da Estrela continuavam a ser o território do Centro que gerava menos riqueza por habitante, apesar da melhoria face a 2023. A região Centro evidenciava uma disparidade regional de 25,2 pontos percentuais em termos de PIB por habitante, correspondente à diferença entre os índices da Região de Aveiro (o índice mais elevado) e das Beiras e Serra da Estrela (o menor índice). Esta amplitude diminuiu face a 2019 (em -2,9 pontos), indicando um aumento da coesão intrarregional e, portanto, uma redução das assimetrias entre as sub-regiões do Centro. Analisando ainda o desempenho do PIB por habitante das sub-regiões em relação ao ano anterior, constata-se que a Região de Coimbra, a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela convergiram para a média nacional, ao contrário da Região de Aveiro, da Região de Leiria e de Viseu Dão Lafões, que divergiram face à média do país.

É ainda de referir que, em 2024, a produtividade do trabalho na região Centro era de 44,9 mil euros por trabalhador, o que correspondia a 94,0% do total nacional. Apesar deste valor ser superior ao registado em 2023 (42,5 mil euros por trabalhador), aumentou a discrepância da região face à média nacional (em 2023, a produtividade regional correspondia a 94,5% da média nacional). O Centro permanecia como uma das regiões portuguesas com a mais baixa produtividade do trabalho (ocupando a 6.ª posição na hierarquia nacional). Em termos sub-regionais, destacavam-se a Região de Aveiro e a Região de Coimbra com os maiores índices de produtividade (98,5% e 97,8% da média nacional, respetivamente), seguindo-se a Beira Baixa (96,2%) e a Região de Leiria (95,8%). Estas quatro sub-regiões apresentaram índices de produtividade do trabalho superiores à média regional, ainda que se tenham mantido inferiores à média nacional.

 

Estas são algumas das conclusões dos mais recentes resultados das Contas Regionais provisórias de 2024, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

 
 

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) da região Centro (77 municípios) ascendia a 39,7 mil milhões de euros, representando 13,7% do total do país e posicionando o Centro no terceiro lugar a nível nacional, depois da Grande Lisboa e do Norte. Todas as regiões portuguesas registaram um aumento da atividade económica, mais acentuada no Algarve, na Península de Setúbal e na Região Autónoma da Madeira, enquanto o Centro registou um aumento de 6,7%, inferior à média nacional (7,1%). Ainda assim, o PIB regional registou uma variação real de 2,1% face a 2023, igual à média nacional. O dinamismo económico da região resultou sobretudo do crescimento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da indústria e energia e do VAB do comércio, transportes, alojamento e restauração, com acréscimos em volume de 3,2% e 2,6%, respetivamente.

Também em todas as sub-regiões da região Centro, o PIB aumentou em termos nominais e reais, destacando-se os crescimentos nominais registados na Região de Coimbra, na Beira Baixa e nas Beiras e Serra da Estrela, acima da média regional e nacional. Já os aumentos mais modestos do PIB ocorreram na Região de Aveiro e em Viseu Dão Lafões.

As três sub-regiões do litoral eram responsáveis por mais de 70% da riqueza criada na região Centro em 2024: Região de Coimbra (26,7%), Região de Aveiro (25,1%) e Região de Leiria (19,3%). As sub-regiões com menor peso relativo no PIB regional eram a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela.

Em 2024, o PIB por habitante da região Centro cifrava-se nos 23.236 euros, traduzindo um aumento de 1.163 euros por habitante em relação a 2023. Este valor representava 85,9% da média nacional tendo divergido face à média nacional, uma vez que diminuiu 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior (86,4%). O Centro mantinha-se como uma das regiões portuguesas com menor PIB por habitante, apenas atrás da Península de Setúbal e do Oeste e Vale do Tejo. As regiões com o PIB por habitante mais elevado e acima da média do país eram a Grande Lisboa, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira. Na comparação internacional, em 2024, o PIB por habitante da região Centro expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) correspondia a 70,7% da média da União Europeia (UE27), tendo melhorado 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior (70,0%). A média nacional também se aproximou da média da União Europeia, situando-se nos 82,4%.

A coesão regional, avaliada pelas assimetrias regionais do PIB por habitante, diminuiu face a 2023, apontando, assim, para um agravamento das assimetrias regionais, uma vez que a diferença entre o maior e o menor valor do PIB por habitante observado nas nove regiões portuguesas aumentou (em 2023, esta diferença era de 22.940 euros, tendo aumentado para 24.140 euros, em 2024).

Considerando as sub-regiões do Centro, verificava-se que, em 2024, a Região de Aveiro, a Região de Leiria e a Região de Coimbra constituíam o grupo de sub-regiões com melhor desempenho em termos do PIB por habitante e que mais se aproximavam da média nacional, posicionando-se ainda acima da média regional. As restantes sub-regiões encontravam-se abaixo das médias nacional e regional. As Beiras e Serra da Estrela continuavam a ser o território do Centro que gerava menos riqueza por habitante, apesar da melhoria face a 2023. A região Centro evidenciava uma disparidade regional de 25,2 pontos percentuais em termos de PIB por habitante, correspondente à diferença entre os índices da Região de Aveiro (o índice mais elevado) e das Beiras e Serra da Estrela (o menor índice). Esta amplitude diminuiu face a 2019 (em -2,9 pontos), indicando um aumento da coesão intrarregional e, portanto, uma redução das assimetrias entre as sub-regiões do Centro. Analisando ainda o desempenho do PIB por habitante das sub-regiões em relação ao ano anterior, constata-se que a Região de Coimbra, a Beira Baixa e as Beiras e Serra da Estrela convergiram para a média nacional, ao contrário da Região de Aveiro, da Região de Leiria e de Viseu Dão Lafões, que divergiram face à média do país.

É ainda de referir que, em 2024, a produtividade do trabalho na região Centro era de 44,9 mil euros por trabalhador, o que correspondia a 94,0% do total nacional. Apesar deste valor ser superior ao registado em 2023 (42,5 mil euros por trabalhador), aumentou a discrepância da região face à média nacional (em 2023, a produtividade regional correspondia a 94,5% da média nacional). O Centro permanecia como uma das regiões portuguesas com a mais baixa produtividade do trabalho (ocupando a 6.ª posição na hierarquia nacional). Em termos sub-regionais, destacavam-se a Região de Aveiro e a Região de Coimbra com os maiores índices de produtividade (98,5% e 97,8% da média nacional, respetivamente), seguindo-se a Beira Baixa (96,2%) e a Região de Leiria (95,8%). Estas quatro sub-regiões apresentaram índices de produtividade do trabalho superiores à média regional, ainda que se tenham mantido inferiores à média nacional.

 

Estas são algumas das conclusões dos mais recentes resultados das Contas Regionais provisórias de 2024, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.