Já está disponível o Relatório do Estado das Culturas e Previsão de Colheitas de fevereiro de 2025
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- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
A CCDR Centro e o UC Exploratório celebram, no próximo 21 de outubro, o Dia Internacional da Maçã com uma prova de degustação de variedades regionais de maçãs provenientes da Estação Agrária de Viseu. Nesta 2.ª edição, o evento tem como objetivo destacar as propriedades organoléticas de diferentes variedades de maçã, valorizar o património genético de elevado interesse agronómico e económico e promover os benefícios para a saúde associados ao seu consumo. A iniciativa conta ainda com a participação do IPC – Escola Superior Agrária de Coimbra e da Delegação de Coimbra da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, entre outros parceiros. A Estação Agrária de Viseu, integrante da Rede de Inovação da Região Centro, iniciou em 1994 um importante trabalho de prospeção, recolha e caracterização de variedades regionais de maçãs. Atualmente, a CCDR Centro é detentora de uma coleção única no panorama nacional.
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
Hoje, 15 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Rural. Para nós, CCDR Centro, estas são guerreiras sem rosto e despojadas de armas a quem queremos dar voz e que pretendemos homenagear. Hoje e sempre. O Dia Internacional da Mulher Rural foi proclamado na Resolução 62/136, adotada na Assembleia Geral da ONU de 18 de dezembro de 2007. Pretende sublinhar a importância que a mulher tem na comunidade e o seu papel fundamental na atividade agrícola, no sustento familiar, na gestão dos recursos naturais e em tantas outras tarefas essenciais, mas que nem sempre são reconhecidas. A Mulher Rural é uma guardiã de memórias e tradições, é com as suas mãos calejadas que faz a terra dar fruto. A Mulher Rural planta, colhe, cozinha, vende, transforma. Luta com coragem e resiliência, em silêncio e sem holofotes, contra o esquecimento de um sistema que ainda a invisibiliza, mas que se alimenta, dia após dia, do fruto do seu trabalho. Segundo o estudo realizado pela investigadora Rita Madeira, “a agricultura é uma das atividades humanas mais difundidas pelo mundo, garantindo a produção de alimentos, a proteção ambiental, a preservação das paisagens, a segurança e soberania alimentar, bem como o emprego rural”. É neste sentido que os agricultores são entendidos, nomeadamente pela FAO & IFAD (2019), como atores sociais fundamentais que produzem comida, preservam a biodiversidade, gerem recursos e ecossistemas. Segundo a mesma autora, “as mulheres agricultoras, especificamente, têm um papel fulcral na ruralidade: são guardadoras de sementes, transmitem saberes, prestam cuidados, asseguram a manutenção do tecido social e a difusão da religião, entre outros” (Madeira, 2022). Todavia, há uma insuficiente contabilização e reconhecimento do valor do trabalho feminino porque, muitas vezes, as próprias mulheres não reportam esta atividade já que não se identificam profissionalmente como agricultoras ativas e empregadas. Consequentemente, além de não serem contabilizadas para as estatísticas, não detêm proteção social, estando associadas a trabalho familiar gratuito (Madeira, 2022). De acordo com as Nações Unidas, a CortevaTM Agriscience, a Divisão de Agricultura da DowDuPontTM, realizou um estudo que englobou 17 países, incluindo a Península Ibérica, para destacar a relevância das mulheres na agricultura e identificar as barreiras a uma participação mais plena e bem-sucedida. O estudo abrange os resultados de 4.160 inquiridas que vivem tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento, nos cinco continentes. Um dos resultados mais evidentes do referido estudo é que a discriminação de género na agricultura é transversal e persistente. Mais de três quartos das mulheres acreditam que não existem as mesmas oportunidades nem as mesmas possibilidades de tomada de decisão sobre questões fundamentais, como a utilização dos recursos ou benefícios. Os resultados na Península Ibérica encontram-se equiparados à Índia, com 78% do total das inquiridas a referirem e a identificarem a discriminação de género. Ainda segundo o mesmo estudo, cerca de 40% das inquiridas afirmam ter rendimentos mais baixos do que os homens e menos acesso a financiamento. No topo das suas preocupações estão a estabilidade financeira, o bem-estar das suas famílias [...]
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e PescasPublished On: 14/10/2025
Outubro é o mês dedicado aos idosos — ou, para nós da CCDR Centro, o mês de celebrar aqueles que carregam nas rugas as mais belas histórias, nas mãos o carinho mais genuíno e no olhar a sabedoria que o tempo ensina. De acordo com o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (EUROCID), “o Dia Internacional do Idoso celebra-se anualmente a 1 de outubro. Este dia tem como objetivo destacar a importância do idoso na sociedade, bem como consciencializar para as oportunidades e desafios do envelhecimento no nosso tempo”. Em Portugal, contudo, outubro é reconhecido como o mês do idoso. Na CCDR Centro, queremos que o Dia Internacional do Idoso seja mais do que uma data assinalada no calendário — que se transforme num convite à reflexão, ao respeito e à gratidão. Que possamos ver o envelhecer não como um fardo, mas como um privilégio. Acreditamos que cada idoso é um livro vivo, repleto de capítulos de coragem, superação e amor. Foram eles que abriram caminhos, transmitiram valores e mostraram, pelo exemplo, que o tempo não é inimigo, mas um artista que molda a alma com ternura e força. Não podemos esquecer que, “durante as próximas três décadas, prevê-se que o número de pessoas idosas em todo o mundo mais do que duplique, ultrapassando os 1,5 mil milhões em 2050” (EUROCID). Neste contexto, e tendo como inspiração o tema definido para 2025 — “As Pessoas Idosas Impulsionam Ações Locais e Globais: as Nossas Aspirações, o Nosso Bem-Estar e os Nossos Direitos” —, iremos dar destaque ao projeto “Rostos da Aldeia”, da Associação Rostos da Aldeia liderado pela jornalista Luísa Pinto, através da publicação de vídeos que evidenciam o papel transformador dos idosos na construção de sociedades mais resilientes e equitativas. O projeto “Rostos da Aldeia” é uma plataforma dedicada à partilha de histórias positivas de todos aqueles que contribuem para contrariar o despovoamento, dando voz a pessoas — jovens e idosas — que lutam para o inverter. Com o objetivo de valorizar os territórios de baixa densidade, as aldeias de Portugal são o ponto de partida para promover exemplos únicos ligados à boa hospitalidade, à gastronomia de qualidade, às artes e ofícios, às tradições e à cultura popular — exemplos que reforçam as conexões humanas, económicas e sociais essenciais ao desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Almalaguês, Coimbra Pertencente ao município de Coimbra, Almalaguês é uma freguesia que combina uma rica herança cultural, tradições artesanais e uma paisagem diversificada. Fundada há mais de mil anos por um árabe, diz-se que foi ele quem trouxe para Almalaguês o primeiro tear, inaugurando uma atividade que ainda hoje é das mais fortes na região. Com um movimento associativo muito forte, e uma notável coesão para preservar iguarias gastronómicas como o arroz doce ou os negalhos, as tecedeiras de Almalaguês e o Encontro de Gaiteiros que a freguesia organiza todos os anos tornaram esta aldeia um interessante destino de visita. https://www.rostosdaaldeia.pt/coimbra/almalagues/ Cabreira do Côa, Guarda Cabreira do Côa é uma pequena aldeia do distrito [...]
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
A CCDR Centro e o UC Exploratório celebram, no próximo 21 de outubro, o Dia Internacional da Maçã com uma prova de degustação de variedades regionais de maçãs provenientes da Estação Agrária de Viseu. Nesta 2.ª edição, o evento tem como objetivo destacar as propriedades organoléticas de diferentes variedades de maçã, valorizar o património genético de elevado interesse agronómico e económico e promover os benefícios para a saúde associados ao seu consumo. A iniciativa conta ainda com a participação do IPC – Escola Superior Agrária de Coimbra e da Delegação de Coimbra da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, entre outros parceiros. A Estação Agrária de Viseu, integrante da Rede de Inovação da Região Centro, iniciou em 1994 um importante trabalho de prospeção, recolha e caracterização de variedades regionais de maçãs. Atualmente, a CCDR Centro é detentora de uma coleção única no panorama nacional.
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
Hoje, 15 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Rural. Para nós, CCDR Centro, estas são guerreiras sem rosto e despojadas de armas a quem queremos dar voz e que pretendemos homenagear. Hoje e sempre. O Dia Internacional da Mulher Rural foi proclamado na Resolução 62/136, adotada na Assembleia Geral da ONU de 18 de dezembro de 2007. Pretende sublinhar a importância que a mulher tem na comunidade e o seu papel fundamental na atividade agrícola, no sustento familiar, na gestão dos recursos naturais e em tantas outras tarefas essenciais, mas que nem sempre são reconhecidas. A Mulher Rural é uma guardiã de memórias e tradições, é com as suas mãos calejadas que faz a terra dar fruto. A Mulher Rural planta, colhe, cozinha, vende, transforma. Luta com coragem e resiliência, em silêncio e sem holofotes, contra o esquecimento de um sistema que ainda a invisibiliza, mas que se alimenta, dia após dia, do fruto do seu trabalho. Segundo o estudo realizado pela investigadora Rita Madeira, “a agricultura é uma das atividades humanas mais difundidas pelo mundo, garantindo a produção de alimentos, a proteção ambiental, a preservação das paisagens, a segurança e soberania alimentar, bem como o emprego rural”. É neste sentido que os agricultores são entendidos, nomeadamente pela FAO & IFAD (2019), como atores sociais fundamentais que produzem comida, preservam a biodiversidade, gerem recursos e ecossistemas. Segundo a mesma autora, “as mulheres agricultoras, especificamente, têm um papel fulcral na ruralidade: são guardadoras de sementes, transmitem saberes, prestam cuidados, asseguram a manutenção do tecido social e a difusão da religião, entre outros” (Madeira, 2022). Todavia, há uma insuficiente contabilização e reconhecimento do valor do trabalho feminino porque, muitas vezes, as próprias mulheres não reportam esta atividade já que não se identificam profissionalmente como agricultoras ativas e empregadas. Consequentemente, além de não serem contabilizadas para as estatísticas, não detêm proteção social, estando associadas a trabalho familiar gratuito (Madeira, 2022). De acordo com as Nações Unidas, a CortevaTM Agriscience, a Divisão de Agricultura da DowDuPontTM, realizou um estudo que englobou 17 países, incluindo a Península Ibérica, para destacar a relevância das mulheres na agricultura e identificar as barreiras a uma participação mais plena e bem-sucedida. O estudo abrange os resultados de 4.160 inquiridas que vivem tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento, nos cinco continentes. Um dos resultados mais evidentes do referido estudo é que a discriminação de género na agricultura é transversal e persistente. Mais de três quartos das mulheres acreditam que não existem as mesmas oportunidades nem as mesmas possibilidades de tomada de decisão sobre questões fundamentais, como a utilização dos recursos ou benefícios. Os resultados na Península Ibérica encontram-se equiparados à Índia, com 78% do total das inquiridas a referirem e a identificarem a discriminação de género. Ainda segundo o mesmo estudo, cerca de 40% das inquiridas afirmam ter rendimentos mais baixos do que os homens e menos acesso a financiamento. No topo das suas preocupações estão a estabilidade financeira, o bem-estar das suas famílias [...]
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e PescasPublished On: 14/10/2025
Outubro é o mês dedicado aos idosos — ou, para nós da CCDR Centro, o mês de celebrar aqueles que carregam nas rugas as mais belas histórias, nas mãos o carinho mais genuíno e no olhar a sabedoria que o tempo ensina. De acordo com o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (EUROCID), “o Dia Internacional do Idoso celebra-se anualmente a 1 de outubro. Este dia tem como objetivo destacar a importância do idoso na sociedade, bem como consciencializar para as oportunidades e desafios do envelhecimento no nosso tempo”. Em Portugal, contudo, outubro é reconhecido como o mês do idoso. Na CCDR Centro, queremos que o Dia Internacional do Idoso seja mais do que uma data assinalada no calendário — que se transforme num convite à reflexão, ao respeito e à gratidão. Que possamos ver o envelhecer não como um fardo, mas como um privilégio. Acreditamos que cada idoso é um livro vivo, repleto de capítulos de coragem, superação e amor. Foram eles que abriram caminhos, transmitiram valores e mostraram, pelo exemplo, que o tempo não é inimigo, mas um artista que molda a alma com ternura e força. Não podemos esquecer que, “durante as próximas três décadas, prevê-se que o número de pessoas idosas em todo o mundo mais do que duplique, ultrapassando os 1,5 mil milhões em 2050” (EUROCID). Neste contexto, e tendo como inspiração o tema definido para 2025 — “As Pessoas Idosas Impulsionam Ações Locais e Globais: as Nossas Aspirações, o Nosso Bem-Estar e os Nossos Direitos” —, iremos dar destaque ao projeto “Rostos da Aldeia”, da Associação Rostos da Aldeia liderado pela jornalista Luísa Pinto, através da publicação de vídeos que evidenciam o papel transformador dos idosos na construção de sociedades mais resilientes e equitativas. O projeto “Rostos da Aldeia” é uma plataforma dedicada à partilha de histórias positivas de todos aqueles que contribuem para contrariar o despovoamento, dando voz a pessoas — jovens e idosas — que lutam para o inverter. Com o objetivo de valorizar os territórios de baixa densidade, as aldeias de Portugal são o ponto de partida para promover exemplos únicos ligados à boa hospitalidade, à gastronomia de qualidade, às artes e ofícios, às tradições e à cultura popular — exemplos que reforçam as conexões humanas, económicas e sociais essenciais ao desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Almalaguês, Coimbra Pertencente ao município de Coimbra, Almalaguês é uma freguesia que combina uma rica herança cultural, tradições artesanais e uma paisagem diversificada. Fundada há mais de mil anos por um árabe, diz-se que foi ele quem trouxe para Almalaguês o primeiro tear, inaugurando uma atividade que ainda hoje é das mais fortes na região. Com um movimento associativo muito forte, e uma notável coesão para preservar iguarias gastronómicas como o arroz doce ou os negalhos, as tecedeiras de Almalaguês e o Encontro de Gaiteiros que a freguesia organiza todos os anos tornaram esta aldeia um interessante destino de visita. https://www.rostosdaaldeia.pt/coimbra/almalagues/ Cabreira do Côa, Guarda Cabreira do Côa é uma pequena aldeia do distrito [...]
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e PescasPublished On: 13/10/2025
Foi publicado hoje, 13 de outubro, o Despacho n.º 12025/2025 que procede à primeira alteração ao Despacho n.º 666/2015, de 22 de janeiro, que cria os cursos de formação profissional na área da distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Esta legislação determina, ainda, a obrigatoriedade de frequência de ações de formação profissional específicas, tanto para o acesso a estas atividades como para a respetiva atualização. Por sua vez, a habilitação do aplicador tem uma validade de 10 anos, sendo necessário proceder à renovação mediante atualização da formação. Consulte a informação na integra aqui.
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
A CCDR Centro e o UC Exploratório celebram, no próximo 21 de outubro, o Dia Internacional da Maçã com uma prova de degustação de variedades regionais de maçãs provenientes da Estação Agrária de Viseu. Nesta 2.ª edição, o evento tem como objetivo destacar as propriedades organoléticas de diferentes variedades de maçã, valorizar o património genético de elevado interesse agronómico e económico e promover os benefícios para a saúde associados ao seu consumo. A iniciativa conta ainda com a participação do IPC – Escola Superior Agrária de Coimbra e da Delegação de Coimbra da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, entre outros parceiros. A Estação Agrária de Viseu, integrante da Rede de Inovação da Região Centro, iniciou em 1994 um importante trabalho de prospeção, recolha e caracterização de variedades regionais de maçãs. Atualmente, a CCDR Centro é detentora de uma coleção única no panorama nacional.
- Categories: Desenvolvimento Rural, Agroalimentar e Pescas, InformaçãoPublished On: 15/10/2025
Hoje, 15 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Rural. Para nós, CCDR Centro, estas são guerreiras sem rosto e despojadas de armas a quem queremos dar voz e que pretendemos homenagear. Hoje e sempre. O Dia Internacional da Mulher Rural foi proclamado na Resolução 62/136, adotada na Assembleia Geral da ONU de 18 de dezembro de 2007. Pretende sublinhar a importância que a mulher tem na comunidade e o seu papel fundamental na atividade agrícola, no sustento familiar, na gestão dos recursos naturais e em tantas outras tarefas essenciais, mas que nem sempre são reconhecidas. A Mulher Rural é uma guardiã de memórias e tradições, é com as suas mãos calejadas que faz a terra dar fruto. A Mulher Rural planta, colhe, cozinha, vende, transforma. Luta com coragem e resiliência, em silêncio e sem holofotes, contra o esquecimento de um sistema que ainda a invisibiliza, mas que se alimenta, dia após dia, do fruto do seu trabalho. Segundo o estudo realizado pela investigadora Rita Madeira, “a agricultura é uma das atividades humanas mais difundidas pelo mundo, garantindo a produção de alimentos, a proteção ambiental, a preservação das paisagens, a segurança e soberania alimentar, bem como o emprego rural”. É neste sentido que os agricultores são entendidos, nomeadamente pela FAO & IFAD (2019), como atores sociais fundamentais que produzem comida, preservam a biodiversidade, gerem recursos e ecossistemas. Segundo a mesma autora, “as mulheres agricultoras, especificamente, têm um papel fulcral na ruralidade: são guardadoras de sementes, transmitem saberes, prestam cuidados, asseguram a manutenção do tecido social e a difusão da religião, entre outros” (Madeira, 2022). Todavia, há uma insuficiente contabilização e reconhecimento do valor do trabalho feminino porque, muitas vezes, as próprias mulheres não reportam esta atividade já que não se identificam profissionalmente como agricultoras ativas e empregadas. Consequentemente, além de não serem contabilizadas para as estatísticas, não detêm proteção social, estando associadas a trabalho familiar gratuito (Madeira, 2022). De acordo com as Nações Unidas, a CortevaTM Agriscience, a Divisão de Agricultura da DowDuPontTM, realizou um estudo que englobou 17 países, incluindo a Península Ibérica, para destacar a relevância das mulheres na agricultura e identificar as barreiras a uma participação mais plena e bem-sucedida. O estudo abrange os resultados de 4.160 inquiridas que vivem tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento, nos cinco continentes. Um dos resultados mais evidentes do referido estudo é que a discriminação de género na agricultura é transversal e persistente. Mais de três quartos das mulheres acreditam que não existem as mesmas oportunidades nem as mesmas possibilidades de tomada de decisão sobre questões fundamentais, como a utilização dos recursos ou benefícios. Os resultados na Península Ibérica encontram-se equiparados à Índia, com 78% do total das inquiridas a referirem e a identificarem a discriminação de género. Ainda segundo o mesmo estudo, cerca de 40% das inquiridas afirmam ter rendimentos mais baixos do que os homens e menos acesso a financiamento. No topo das suas preocupações estão a estabilidade financeira, o bem-estar das suas famílias [...]
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Outubro é o mês dedicado aos idosos — ou, para nós da CCDR Centro, o mês de celebrar aqueles que carregam nas rugas as mais belas histórias, nas mãos o carinho mais genuíno e no olhar a sabedoria que o tempo ensina. De acordo com o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (EUROCID), “o Dia Internacional do Idoso celebra-se anualmente a 1 de outubro. Este dia tem como objetivo destacar a importância do idoso na sociedade, bem como consciencializar para as oportunidades e desafios do envelhecimento no nosso tempo”. Em Portugal, contudo, outubro é reconhecido como o mês do idoso. Na CCDR Centro, queremos que o Dia Internacional do Idoso seja mais do que uma data assinalada no calendário — que se transforme num convite à reflexão, ao respeito e à gratidão. Que possamos ver o envelhecer não como um fardo, mas como um privilégio. Acreditamos que cada idoso é um livro vivo, repleto de capítulos de coragem, superação e amor. Foram eles que abriram caminhos, transmitiram valores e mostraram, pelo exemplo, que o tempo não é inimigo, mas um artista que molda a alma com ternura e força. Não podemos esquecer que, “durante as próximas três décadas, prevê-se que o número de pessoas idosas em todo o mundo mais do que duplique, ultrapassando os 1,5 mil milhões em 2050” (EUROCID). Neste contexto, e tendo como inspiração o tema definido para 2025 — “As Pessoas Idosas Impulsionam Ações Locais e Globais: as Nossas Aspirações, o Nosso Bem-Estar e os Nossos Direitos” —, iremos dar destaque ao projeto “Rostos da Aldeia”, da Associação Rostos da Aldeia liderado pela jornalista Luísa Pinto, através da publicação de vídeos que evidenciam o papel transformador dos idosos na construção de sociedades mais resilientes e equitativas. O projeto “Rostos da Aldeia” é uma plataforma dedicada à partilha de histórias positivas de todos aqueles que contribuem para contrariar o despovoamento, dando voz a pessoas — jovens e idosas — que lutam para o inverter. Com o objetivo de valorizar os territórios de baixa densidade, as aldeias de Portugal são o ponto de partida para promover exemplos únicos ligados à boa hospitalidade, à gastronomia de qualidade, às artes e ofícios, às tradições e à cultura popular — exemplos que reforçam as conexões humanas, económicas e sociais essenciais ao desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Almalaguês, Coimbra Pertencente ao município de Coimbra, Almalaguês é uma freguesia que combina uma rica herança cultural, tradições artesanais e uma paisagem diversificada. Fundada há mais de mil anos por um árabe, diz-se que foi ele quem trouxe para Almalaguês o primeiro tear, inaugurando uma atividade que ainda hoje é das mais fortes na região. Com um movimento associativo muito forte, e uma notável coesão para preservar iguarias gastronómicas como o arroz doce ou os negalhos, as tecedeiras de Almalaguês e o Encontro de Gaiteiros que a freguesia organiza todos os anos tornaram esta aldeia um interessante destino de visita. https://www.rostosdaaldeia.pt/coimbra/almalagues/ Cabreira do Côa, Guarda Cabreira do Côa é uma pequena aldeia do distrito [...]
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