Coimbra, Aveiro e Leiria com Poder de Compra acima da média nacional
Apenas três municípios da região Centro (considerada a 77 municípios – NUTS 2024) – Coimbra, Aveiro e Leiria – manifestam um poder de compra superior à média nacional. Coimbra e Aveiro destacam-se por permanecerem nos 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e a sétima posição da hierarquia nacional. Estas são algumas das conclusões da nova edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2023, divulgado, em 6 de novembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Estatística.
Este estudo visa caracterizar os municípios portugueses do ponto de vista do poder de compra manifestado nesses territórios, tendo periodicidade bienal. Os dados desta edição derivam de um modelo de análise fatorial em componentes principais com 15 variáveis (relativizadas pela população residente) e permitem gerar três indicadores de síntese: Indicador per Capita (IpC), Percentagem de Poder de Compra (PPC) e Fator Dinamismo Relativo (FDR). Na construção destes indicadores foram consideradas variáveis como o rendimento bruto declarado para efeitos de IRS, o crédito à habitação concedido, o valor das compras nacionais e internacionais através de terminais de pagamento automático, o valor das operações de pagamentos em caixas multibanco, o ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor das transações por venda de alojamentos familiares, o valor das rendas de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, o volume de negócios das empresas de comércio a retalho e restauração com atividade, as diversas tipologias de impostos (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre outras.
O Indicador do Poder de Compra per Capita (IpC) pretende refletir o poder de compra manifestado regularmente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor de Portugal (Portugal = 100). Os resultados agora divulgados mostram que, entre as nove regiões do país (NUTS 2024), o Centro ocupa a sexta posição, com um poder de compra per capita de 90% da média nacional, evidenciando uma posição apenas mais favorável do que o Oeste e Vale do Tejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A Grande Lisboa é a única região portuguesa com um IpC superior à média nacional.
Indicador per Capita por NUTS II, 2023

Quanto ao poder de compra per capita das sub-regiões do Centro, nenhuma regista valores superiores à média nacional (situação que apenas ocorre na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto). Ainda assim, as três sub-regiões localizadas no litoral, Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria, apresentam os níveis de poder de compra mais elevados, ultrapassando a média regional. Por contraste, as restantes três NUTS III da região revelam um poder de compra abaixo da média nacional e regional. A sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta um poder de compra de cerca de 82% da média nacional.
Indicador per Capita nas NUTS III da Região Centro, 2023

Relativamente ao poder de compra per capita municipal, apenas três municípios da região Centro superam, simultaneamente, o valor da média nacional e regional: Coimbra (118,76), Aveiro (117,82) e Leiria (103,52). Coimbra e Aveiro encontram-se entre os 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e sétima posição no ranking municipal nacional. De salientar que, dos 308 municípios portugueses, apenas 31 se posicionam acima da média nacional, destacando-se Lisboa, com um poder de compra que quase duplica o índice nacional (181,35), Porto (162,18), Oeiras (150,05) e Sines (124,22). Os restantes municípios correspondem sobretudo a territórios metropolitanos de Lisboa e do Porto e a algumas capitais de distrito. Esta distribuição aponta para uma relação positiva entre o grau de urbanização dos municípios e o poder de compra neles manifestado.
Com um poder de compra inferior à média nacional, mas acima da média da região Centro, identificam-se cinco municípios: Viseu, Castelo Branco, Guarda, Figueira da Foz e Marinha Grande.
Os restantes 69 municípios do Centro apresentam um poder de compra simultaneamente inferior à média nacional e regional. Com valores de IpC inferiores a 75% da média nacional contabilizam-se 36 municípios do Centro, maioritariamente territórios do interior. O município de Penamacor observa o menor poder de compra per capita manifestado no Centro, abaixo dos 65% da média nacional, e é o quarto município com menor poder de compra a nível nacional.
Indicador per Capita, 2023

Municípios com valores acima da média nacional e da respetiva média regional

Região Centro concentra 14% do poder de compra nacional; as três sub-regiões do litoral juntas perfazem 10%
O indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC) deriva do IpC e do peso demográfico de cada unidade territorial. Este pretende avaliar o grau de concentração do poder de compra nacional através do peso do poder de compra de cada território no total do país (100%). A região Centro concentra 14,3% do poder de compra manifestado a nível nacional, sendo que reúne 25% dos municípios portugueses e 16% da população do país. No entanto, desse valor, 9,9% resulta das três sub-regiões do litoral: Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria. A Beira Baixa é a sub-região do Centro com menor percentagem de poder de compra (0,8%).
Dos municípios da região, Coimbra e Leiria são novamente os que evidenciam a maior percentagem de poder de compra no total nacional: 1,6% e 1,3%, respetivamente. Estes dois territórios integram o conjunto dos 23 municípios que, no total dos 308, concentram individualmente mais de 1% do poder de compra nacional. Seguiam-se os municípios de Aveiro (1,0%), Viseu (0,9%), Figueira da Foz (0,5%), Castelo Branco (0,5%) e Ovar (0,5%).
Em termos nacionais, Lisboa destaca-se uma vez mais ao representar 9,7% do poder de compra total. As regiões NUTS III Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto (AMP) concentram quase metade do poder de compra nacional (43,5%, apesar de reunirem 36,9% da população do país), com os municípios de Lisboa, Sintra, Oeiras, Cascais (da Grande Lisboa) e Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos (da AMP) a representarem, em conjunto, 27,0% do poder de compra do país e individualmente mais de 2% desse valor. Os resultados deste indicador sugerem que o poder de compra se encontra associado à dimensão urbana dos municípios e, portanto, territorialmente muito concentrado.
Indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC), 2023

Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova são os municípios da Região Centro em que o efeito sazonal da atividade turística tem maior influência no poder de compra
Por último, o indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR) reflete o poder de compra de manifestação irregular, geralmente sazonal, e que está relacionado com os fluxos populacionais induzidos pela atividade turística. O presente indicador pretende assim traduzir a tendência que subsiste, sobretudo de dinâmica comercial, depois de retirada a influência do poder de compra manifestado regularmente nos territórios. Dos 77 municípios que compõem a região Centro, nenhum apresenta um FDR acima de 1. Os valores mais elevados deste indicador observam-se nos municípios de Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova, com um FDR de aproximadamente 0,5. Porém, isto não significa que, na maioria dos municípios da região Centro, a atividade turística seja irrelevante, mas apenas que o seu efeito vem diluído pelo poder de compra manifestado diariamente nesses territórios. Nesta análise, o Algarve evidencia-se com 12 municípios a apresentarem um FDR superior a 1 (num total de 19 a nível nacional).
Indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR), 2023

A informação referente ao Indicador do Poder de Compra per Capita encontra-se disponível no domínio “CENTRO” da plataforma “DataCentro – Information for the Region”em https://tinyurl.com/yc466mut
O Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), pode ser consultado here.
Apenas três municípios da região Centro (considerada a 77 municípios – NUTS 2024) – Coimbra, Aveiro e Leiria – manifestam um poder de compra superior à média nacional. Coimbra e Aveiro destacam-se por permanecerem nos 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e a sétima posição da hierarquia nacional. Estas são algumas das conclusões da nova edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2023, divulgado, em 6 de novembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Estatística.
Este estudo visa caracterizar os municípios portugueses do ponto de vista do poder de compra manifestado nesses territórios, tendo periodicidade bienal. Os dados desta edição derivam de um modelo de análise fatorial em componentes principais com 15 variáveis (relativizadas pela população residente) e permitem gerar três indicadores de síntese: Indicador per Capita (IpC), Percentagem de Poder de Compra (PPC) e Fator Dinamismo Relativo (FDR). Na construção destes indicadores foram consideradas variáveis como o rendimento bruto declarado para efeitos de IRS, o crédito à habitação concedido, o valor das compras nacionais e internacionais através de terminais de pagamento automático, o valor das operações de pagamentos em caixas multibanco, o ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor das transações por venda de alojamentos familiares, o valor das rendas de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, o volume de negócios das empresas de comércio a retalho e restauração com atividade, as diversas tipologias de impostos (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre outras.
O Indicador do Poder de Compra per Capita (IpC) pretende refletir o poder de compra manifestado regularmente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor de Portugal (Portugal = 100). Os resultados agora divulgados mostram que, entre as nove regiões do país (NUTS 2024), o Centro ocupa a sexta posição, com um poder de compra per capita de 90% da média nacional, evidenciando uma posição apenas mais favorável do que o Oeste e Vale do Tejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A Grande Lisboa é a única região portuguesa com um IpC superior à média nacional.
Indicador per Capita por NUTS II, 2023

Quanto ao poder de compra per capita das sub-regiões do Centro, nenhuma regista valores superiores à média nacional (situação que apenas ocorre na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto). Ainda assim, as três sub-regiões localizadas no litoral, Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria, apresentam os níveis de poder de compra mais elevados, ultrapassando a média regional. Por contraste, as restantes três NUTS III da região revelam um poder de compra abaixo da média nacional e regional. A sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta um poder de compra de cerca de 82% da média nacional.
Indicador per Capita nas NUTS III da Região Centro, 2023

Relativamente ao poder de compra per capita municipal, apenas três municípios da região Centro superam, simultaneamente, o valor da média nacional e regional: Coimbra (118,76), Aveiro (117,82) e Leiria (103,52). Coimbra e Aveiro encontram-se entre os 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e sétima posição no ranking municipal nacional. De salientar que, dos 308 municípios portugueses, apenas 31 se posicionam acima da média nacional, destacando-se Lisboa, com um poder de compra que quase duplica o índice nacional (181,35), Porto (162,18), Oeiras (150,05) e Sines (124,22). Os restantes municípios correspondem sobretudo a territórios metropolitanos de Lisboa e do Porto e a algumas capitais de distrito. Esta distribuição aponta para uma relação positiva entre o grau de urbanização dos municípios e o poder de compra neles manifestado.
Com um poder de compra inferior à média nacional, mas acima da média da região Centro, identificam-se cinco municípios: Viseu, Castelo Branco, Guarda, Figueira da Foz e Marinha Grande.
Os restantes 69 municípios do Centro apresentam um poder de compra simultaneamente inferior à média nacional e regional. Com valores de IpC inferiores a 75% da média nacional contabilizam-se 36 municípios do Centro, maioritariamente territórios do interior. O município de Penamacor observa o menor poder de compra per capita manifestado no Centro, abaixo dos 65% da média nacional, e é o quarto município com menor poder de compra a nível nacional.
Indicador per Capita, 2023

Municípios com valores acima da média nacional e da respetiva média regional

Região Centro concentra 14% do poder de compra nacional; as três sub-regiões do litoral juntas perfazem 10%
O indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC) deriva do IpC e do peso demográfico de cada unidade territorial. Este pretende avaliar o grau de concentração do poder de compra nacional através do peso do poder de compra de cada território no total do país (100%). A região Centro concentra 14,3% do poder de compra manifestado a nível nacional, sendo que reúne 25% dos municípios portugueses e 16% da população do país. No entanto, desse valor, 9,9% resulta das três sub-regiões do litoral: Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria. A Beira Baixa é a sub-região do Centro com menor percentagem de poder de compra (0,8%).
Dos municípios da região, Coimbra e Leiria são novamente os que evidenciam a maior percentagem de poder de compra no total nacional: 1,6% e 1,3%, respetivamente. Estes dois territórios integram o conjunto dos 23 municípios que, no total dos 308, concentram individualmente mais de 1% do poder de compra nacional. Seguiam-se os municípios de Aveiro (1,0%), Viseu (0,9%), Figueira da Foz (0,5%), Castelo Branco (0,5%) e Ovar (0,5%).
Em termos nacionais, Lisboa destaca-se uma vez mais ao representar 9,7% do poder de compra total. As regiões NUTS III Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto (AMP) concentram quase metade do poder de compra nacional (43,5%, apesar de reunirem 36,9% da população do país), com os municípios de Lisboa, Sintra, Oeiras, Cascais (da Grande Lisboa) e Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos (da AMP) a representarem, em conjunto, 27,0% do poder de compra do país e individualmente mais de 2% desse valor. Os resultados deste indicador sugerem que o poder de compra se encontra associado à dimensão urbana dos municípios e, portanto, territorialmente muito concentrado.
Indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC), 2023

Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova são os municípios da Região Centro em que o efeito sazonal da atividade turística tem maior influência no poder de compra
Por último, o indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR) reflete o poder de compra de manifestação irregular, geralmente sazonal, e que está relacionado com os fluxos populacionais induzidos pela atividade turística. O presente indicador pretende assim traduzir a tendência que subsiste, sobretudo de dinâmica comercial, depois de retirada a influência do poder de compra manifestado regularmente nos territórios. Dos 77 municípios que compõem a região Centro, nenhum apresenta um FDR acima de 1. Os valores mais elevados deste indicador observam-se nos municípios de Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova, com um FDR de aproximadamente 0,5. Porém, isto não significa que, na maioria dos municípios da região Centro, a atividade turística seja irrelevante, mas apenas que o seu efeito vem diluído pelo poder de compra manifestado diariamente nesses territórios. Nesta análise, o Algarve evidencia-se com 12 municípios a apresentarem um FDR superior a 1 (num total de 19 a nível nacional).
Indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR), 2023

A informação referente ao Indicador do Poder de Compra per Capita encontra-se disponível no domínio “CENTRO” da plataforma “DataCentro – Information for the Region”em https://tinyurl.com/yc466mut
O Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), pode ser consultado here.
Apenas três municípios da região Centro (considerada a 77 municípios – NUTS 2024) – Coimbra, Aveiro e Leiria – manifestam um poder de compra superior à média nacional. Coimbra e Aveiro destacam-se por permanecerem nos 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e a sétima posição da hierarquia nacional. Estas são algumas das conclusões da nova edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2023, divulgado, em 6 de novembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Estatística.
Este estudo visa caracterizar os municípios portugueses do ponto de vista do poder de compra manifestado nesses territórios, tendo periodicidade bienal. Os dados desta edição derivam de um modelo de análise fatorial em componentes principais com 15 variáveis (relativizadas pela população residente) e permitem gerar três indicadores de síntese: Indicador per Capita (IpC), Percentagem de Poder de Compra (PPC) e Fator Dinamismo Relativo (FDR). Na construção destes indicadores foram consideradas variáveis como o rendimento bruto declarado para efeitos de IRS, o crédito à habitação concedido, o valor das compras nacionais e internacionais através de terminais de pagamento automático, o valor das operações de pagamentos em caixas multibanco, o ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor das transações por venda de alojamentos familiares, o valor das rendas de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, o volume de negócios das empresas de comércio a retalho e restauração com atividade, as diversas tipologias de impostos (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre outras.
O Indicador do Poder de Compra per Capita (IpC) pretende refletir o poder de compra manifestado regularmente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor de Portugal (Portugal = 100). Os resultados agora divulgados mostram que, entre as nove regiões do país (NUTS 2024), o Centro ocupa a sexta posição, com um poder de compra per capita de 90% da média nacional, evidenciando uma posição apenas mais favorável do que o Oeste e Vale do Tejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A Grande Lisboa é a única região portuguesa com um IpC superior à média nacional.
Indicador per Capita por NUTS II, 2023

Quanto ao poder de compra per capita das sub-regiões do Centro, nenhuma regista valores superiores à média nacional (situação que apenas ocorre na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto). Ainda assim, as três sub-regiões localizadas no litoral, Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria, apresentam os níveis de poder de compra mais elevados, ultrapassando a média regional. Por contraste, as restantes três NUTS III da região revelam um poder de compra abaixo da média nacional e regional. A sub-região Beiras e Serra da Estrela apresenta um poder de compra de cerca de 82% da média nacional.
Indicador per Capita nas NUTS III da Região Centro, 2023

Relativamente ao poder de compra per capita municipal, apenas três municípios da região Centro superam, simultaneamente, o valor da média nacional e regional: Coimbra (118,76), Aveiro (117,82) e Leiria (103,52). Coimbra e Aveiro encontram-se entre os 10 municípios com maior poder de compra do país, ocupando, respetivamente, a sexta e sétima posição no ranking municipal nacional. De salientar que, dos 308 municípios portugueses, apenas 31 se posicionam acima da média nacional, destacando-se Lisboa, com um poder de compra que quase duplica o índice nacional (181,35), Porto (162,18), Oeiras (150,05) e Sines (124,22). Os restantes municípios correspondem sobretudo a territórios metropolitanos de Lisboa e do Porto e a algumas capitais de distrito. Esta distribuição aponta para uma relação positiva entre o grau de urbanização dos municípios e o poder de compra neles manifestado.
Com um poder de compra inferior à média nacional, mas acima da média da região Centro, identificam-se cinco municípios: Viseu, Castelo Branco, Guarda, Figueira da Foz e Marinha Grande.
Os restantes 69 municípios do Centro apresentam um poder de compra simultaneamente inferior à média nacional e regional. Com valores de IpC inferiores a 75% da média nacional contabilizam-se 36 municípios do Centro, maioritariamente territórios do interior. O município de Penamacor observa o menor poder de compra per capita manifestado no Centro, abaixo dos 65% da média nacional, e é o quarto município com menor poder de compra a nível nacional.
Indicador per Capita, 2023

Municípios com valores acima da média nacional e da respetiva média regional

Região Centro concentra 14% do poder de compra nacional; as três sub-regiões do litoral juntas perfazem 10%
O indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC) deriva do IpC e do peso demográfico de cada unidade territorial. Este pretende avaliar o grau de concentração do poder de compra nacional através do peso do poder de compra de cada território no total do país (100%). A região Centro concentra 14,3% do poder de compra manifestado a nível nacional, sendo que reúne 25% dos municípios portugueses e 16% da população do país. No entanto, desse valor, 9,9% resulta das três sub-regiões do litoral: Região de Coimbra, Região de Aveiro e Região de Leiria. A Beira Baixa é a sub-região do Centro com menor percentagem de poder de compra (0,8%).
Dos municípios da região, Coimbra e Leiria são novamente os que evidenciam a maior percentagem de poder de compra no total nacional: 1,6% e 1,3%, respetivamente. Estes dois territórios integram o conjunto dos 23 municípios que, no total dos 308, concentram individualmente mais de 1% do poder de compra nacional. Seguiam-se os municípios de Aveiro (1,0%), Viseu (0,9%), Figueira da Foz (0,5%), Castelo Branco (0,5%) e Ovar (0,5%).
Em termos nacionais, Lisboa destaca-se uma vez mais ao representar 9,7% do poder de compra total. As regiões NUTS III Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto (AMP) concentram quase metade do poder de compra nacional (43,5%, apesar de reunirem 36,9% da população do país), com os municípios de Lisboa, Sintra, Oeiras, Cascais (da Grande Lisboa) e Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos (da AMP) a representarem, em conjunto, 27,0% do poder de compra do país e individualmente mais de 2% desse valor. Os resultados deste indicador sugerem que o poder de compra se encontra associado à dimensão urbana dos municípios e, portanto, territorialmente muito concentrado.
Indicador Percentagem de Poder de Compra (PPC), 2023

Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova são os municípios da Região Centro em que o efeito sazonal da atividade turística tem maior influência no poder de compra
Por último, o indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR) reflete o poder de compra de manifestação irregular, geralmente sazonal, e que está relacionado com os fluxos populacionais induzidos pela atividade turística. O presente indicador pretende assim traduzir a tendência que subsiste, sobretudo de dinâmica comercial, depois de retirada a influência do poder de compra manifestado regularmente nos territórios. Dos 77 municípios que compõem a região Centro, nenhum apresenta um FDR acima de 1. Os valores mais elevados deste indicador observam-se nos municípios de Vila Nova de Paiva e Idanha-a-Nova, com um FDR de aproximadamente 0,5. Porém, isto não significa que, na maioria dos municípios da região Centro, a atividade turística seja irrelevante, mas apenas que o seu efeito vem diluído pelo poder de compra manifestado diariamente nesses territórios. Nesta análise, o Algarve evidencia-se com 12 municípios a apresentarem um FDR superior a 1 (num total de 19 a nível nacional).
Indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR), 2023

A informação referente ao Indicador do Poder de Compra per Capita encontra-se disponível no domínio “CENTRO” da plataforma “DataCentro – Information for the Region”em https://tinyurl.com/yc466mut
O Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), pode ser consultado here.





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